A estratégia nacional da China para fazer frente à mudança climática, anunciada no ano passado, é "ambiciosa" e foi propiciada pelo impacto do aquecimento global, disse quinta-feira passada, Yvo de Boer, funcionário de mais alto nível da Organização das Nações Unidas (ONU) encarregado de mudanças climáticas.
A China tem uma meta muito ambiciosa de energia renovável, disse Boer em Beijing no Fórum sobre Mudança Climática e Inovação em Ciência e Tecnologia.
O país também estabeleceu metas ambiciosas em termos de melhora da eficiência de energia industrial e de eliminação gradual das empresas pequenas e médias altamente poluentes e ineficientes, indicou.
A política da China sobre mudanças climáticas sofreu grandes alterações nos últimos dois anos, o qual é resultado sobre tudo o que diz respeito ao impacto da mudança climática, afirmou.
Do mesmo modo, existe uma projeção científica de como a mudança climática vai afetar a China, porque o país diz que na segunda metade do século haverá uma queda de 37% na produção de trigo, arroz e milho, acrescentou.
A China enfrenta um "desafio integrado", disse Boer, porque "é fato que uma economia no auge consumirá cada vez mais energia".
Boer disse que o mundo presenciará um máximo de emissões dentro dos próximos 10 ou 15 anos. A agência internacional de energia está calculando que nos próximos 25 anos, o mundo investirá US$ 20 trilhões para satisfazer a crescente demanda mundial de energia.
Os cientistas prevêem que se forem realizados investimento sem levar em conta a mudança climática, as emissões aumentarão em 50%.
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