O Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) disse hoje aqui que o crescimento econômico da China será ajustado para 10% este ano e 9,8% em 2009, em comparação com os 11,4% registrados em 2007, o mais alto nos últimos anos.
Os crescentes preços dos alimentos aumentarão a pressão inflacionária na economia do país, advertiu o BAD no seu relatório anual de perspectiva econômica, divulgado esta quarta-feira.
De acordo com a previsão do BAD, a inflação do país poderá atingir 5,5% em 2008 e permanecerá em cerca de 5% em 2009, respectivamente 0,7 e 0,2 pontos percentuais mais altos que os 4,8% registrados em 2007.
O BAD havia previsto em setembro passado que o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceria 10,8% em 2008, e que a taxa de inflação seria menos de 4%, fixando em 3,8%.

O BAD, com base em Manila, Filipinas, disse ainda que o crescimento da exportação da China poderia cair para 19% este ano, em comparação com os 26% em 2007, diante da demanda global fraca.
O relatório do BAD foi divulgado um dia depois de o Banco Mundial ter reduzido para 9,4% a previsão para a economia chinesa em 2008, advertindo que o país enfrentaria crescente inflação e exportações mais fracas.
O governo chinês disse, em março, que tentaria manter o crescimento econômico do país em 8% este ano, e que a meta de inflação seria fixada em 4,8%.

As economias em desenvolvimento da Ásia vão crescer 7,6% em 2008 e 7,8% em 2009, previu o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD), no seu relatório anual Perspectiva de Desenvolvimento Ásia 2008, divulgado hoje.
De acordo com o BAD, após ter registrado o mais alto crescimento de 8,7% nas últimas duas décadas em 2007, as economias em desenvolvimento asiáticas ainda crescerão solidamente este ano, apesar dos sinais de recessão nas principais economias industrializadas, dos aumentos de preços dos alimentos e combustíveis e da crise de crédito nos Estados Unidos.
"A Ásia não será imune diante da recessão global, nem será refém dela. A região continuará ligada à atividade global através dos canais de comércio tradicionais e, de modo crescente, através da sua estreita integração nos mercados financeiros internacionais", finalizou o banco.
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