A primeira sessão anual da nova Assembléia Popular Nacional da China está sendo realizada em Beijing desde o dia 5 deste mês. O governo central propôs metas de emprego ainda mais ambiciosas do que em anos passados. E os participantes da sessão deram diferentes sugestões relativas ao tema, que é de suma importância, e consideraram-no uma das tarefas fundamentais do governo atual.

No relatório de trabalho lido diante da APN, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, assinalou:

"Uma das metas estabelecidas para o desenvolvimento da economia nacional e da sociedade consiste em gerar 10 milhões de empregos nos centros urbanos".

O Sr. Li Li, quem vive em Qingheyuan, ao sul de Beijing, expressou sua convicção sobre o cumprimento desta meta. Sua certeza deve-se ao fato de ele ter testemunhado pessoalmente o reemprego de seus antigos colegas, bem como ele próprio ter acabado de conseguir um emprego bem pago:

"Nossa empresa entrou faliu há 3 anos e todos perdemos o emprego. Em 2007, a Administração Nacional de Turismo começou a empregar um grupo de guias. Aproveitando a oportunidade, participei num curso de capacitação. Fui selecionado e comecei a trabalhar como guia turístico."

Assim como Li Li, o estudante do quarto ano da Universidade de Comunicações de Shanghai Yang Tianyan também acredita que a oferta de emprego é bastante dinâmica. A universidade oferece aos alunos muitas informações sobre empregos. Por meio do sistema BBS, na rede interna da universidade, estão disponíveis todas as informações relacionadas a vagas de trabalho, tanto do governo, como em oficinas laborais, por exemplo.

Para Zhou Sumin, um dos delegados da APN, a meta de emprego deste ano é muito especial e demonstra a autoconfiança do governo chinês em sua capacidade de aliviar a tensão nesta área, uma vez acumuladas as experiências necessárias. Zhou disse que, nos últimos anos, o governo aplicou mais políticas e orientações sobre empregos e aumentou as oportunidades de trabalho. Esse esforço foi aplaudido pelo público.

Nos últimos cinco anos, a economia chinesa experimentou um desenvolvimento acelerado, com uma taxa de crescimento acima de 10% ao ano, e criou muitos postos de trabalho. O mais importante é que os departamentos responsáveis do governo aplicaram uma série de políticas destinadas à geração de empregos. Por exemplo, a concessão de pequenos créditos permite que mais trabalhadores iniciem seu próprio negócio. Além disso, a redução de impostos incentiva as empresas a empregarem mais e a criação de postos de trabalho de caráter social ajuda as famílias sem emprego e indivíduos com dificuldades para ganhar a vida. A capacitação gratuita e o serviço de recolocação profissional também têm sido muito importantes para os trabalhadores.

Merece ser lembrado que a Lei de Promoção do Emprego, que entrou em vigor neste ano, oficializou as políticas de emprego levadas a cabo nos últimos anos. O ministro do Trabalho e Previdência Social da China, Tian Chengping, lembrou que a taxa de desemprego registrada nas zonas urbanas do país tem se mantido em 4%, com uma tendência estável e descendente:

"Durante os últimos cinco anos, o atual governo deu muita atenção ao emprego. Neste período, foram criados 51 milhões de novos postos de trabalho nas zonas urbanas, dos quais, 12,04 milhões foram no ano passado."

Sendo o país mais populoso do mundo, a China ainda enfrenta uma situação complicada de emprego. Uma oferta superior à demanda no mercado de mão-de-obra exigirá soluções de longo prazo. Segundo as estatísticas, a cada ano, 12 milhões de trabalhadores excedentes ingressam no mercado. Por isso, o primeiro-ministro Wen enfatizou que todos os esforços possíveis devem ser feitos para solucionar a questão, que é estreitamente ligada ao povo.