Michelin é uma marca bem conhecida pelos motoristas do mundo. Durante os Jogos Olímpicos 2008, os turistas vindos do mundo todo usarão em Beijing ônibus equipados com pneus da renomada fornecedora francesa. E eles são fabricados em Shenyang, no nordeste da China.
O gerente geral da Michelin de Shenyang chama-se Michel Perrin. Ele é um francês de 61 anos. Trabalhando na companhia há 35 anos, já foi gerente geral das fábricas instaladas na França e na Espanha. Em 1995, quando a empresa estabeleceu sua fábrica no nordeste chinês, Perrin assumiu o cargo. Agora, o executivo já fala bem o idioma. Em chinês, ele contou ao repórter que vive em Shenyang há três anos e dois meses. Quando desembarcou na cidade, era inverno e a temperatura chegava a trinta graus negativos, mas ele não sentiu medo:
"Apesar de estar frio lá fora, temos muita coisa a fazer aqui dentro da fábrica, por isso sentimos calor em nossos corações".

O diretor do departamento de Recursos Humanos da fábrica, Bi Fuchen, recorda sua primeira impressão sobre Perrin:
"É uma pessoa educada e inteligente, mas é um pouco calada. Esta foi a minha impressão naquele momento. Lembro-me de que era um idoso com cabelos brancos e usava sempre camiseta azul clara e bem limpa".
Por que Perrin decidiu trabalhar na China? Ele resumiu a razão em uma palavra: "Desafio". Sendo um europeu, testemunhar e participar da construção econômica da China era uma boa experiência. Especialmente nos próximos anos, a Michelin vai construir em Shenyang uma das suas maiores bases de produção no mundo.
"Os pneus de Michelin são usados pelos ônibus do transporte público de Beijing. Sentimos muita honra por contribuir para os Jogos Olímpicos que serão realizados nesta cidade".

Além de Beijing, os ônibus de Tianjin, Zhengzhou, Xiamen, Hangzhou e outras cidades chinesas também usam produtos da Michelin. Ao mesmo tempo, a empresa foi premiada pelo governo municipal de Shenyang por sua contribuição tributária e social. Em 2006, Perrin ainda foi eleito um dos trabalhadores-modelo da cidade.
Gao Ni, assistente do gerente geral, contou ao repórter que seu chefe é um grande "exemplo de trabalhador":
"Ele chega todos os dias ao escritório antes das sete horas de manhã e logo vai inspecionar pessoalmente todos os procedimentos na fábrica. E é sempre o último a sair, além dos operários do turno da noite".
A atitude de trabalho de Perrin lhe rendeu muito apoio dos funcionários da empresa. Ele conhece o nome de todas as pessoas da fábrica e cumprimenta sempre calorosamente seus colegas.
Ele elogia os empregados locais. Na opinião do executivo, os recursos humanos são essenciais para a indústria. Ele considera que os trabalhadores de Shenyang são sempre dispostos a trabalhar e a buscar progressos. Perrin atribuiu o sucesso obtido nos últimos anos aos colegas chineses.
"Estamos desenvolvendo alguns projetos de ampliação da capacidade de produção, por isso, vamos pedir a ajuda de alguns especialistas estrangeiros. Mas o sucesso dos projetos depende principalmente dos trabalhos de empregados chineses, com quem a empresa está progredindo constantemente".
Por esta razão, Perrin passa muitos fins de semana com colegas da Michelin e faz junto com eles exercícios físicos. Além de participar das atividades coletivas de lazer realizadas aos fins de semana, o gerente vista às vezes o centro de assistência às crianças da cidade, ao qual a empresa presta ajuda financeira regular. Sobre isto, Perrin afirmou:
"Quando a Michelin entra em alguma cidade ou local, seu objetivo não é só abrir negócios, mas também ajudar as pessoas. Na Universidade do Nordeste da China, criamos bolsas de estudo para financiar os alunos. Além disso, concedemos ajudas financeiras ao longo dos anos ao centro de assistência social às crianças de Shenyang. É apenas um exemplo dos trabalhos feitos pela empresa em diversos lugares."
No tempo livre, Perrin é uma pessoa muito acessível. Ele adora gastronomia e história da China:
"Às vezes levo meus amigos vindos da França para conhecer os patrimônios históricos da cidade. Vou explicar para eles os significados e histórias dessas construções".
Além disso, gosta de sair à rua junto com sua esposa e barganhar o preço de mercadorias com vendedores, sem ajuda de intérprete. Perrin também nos falou sobre as mudanças que testemunhou desde que chegou à cidade:
"Por exemplo, as ruas e os prédios estão em uma época de mudanças. Estão sendo construídas na cidade linhas de metrô. Em comparação com três anos atrás, a cidade mudou muito. Tudo isto é fruto do crescimento econômico."
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