Sobre CRI Sobre Dept.
HomeGeralEconomiaCulturaVidaEsportesChinêsWebcast
"Temos que acompanhar, compreender e cooperar com a China"Entrevista com ex-premiê francês Pierre Raffarin
2008-03-07 10:29:05    cri

Pierre Raffarin, primeiro-ministro da França entre 6 de Maio de 2002 e 31 de Maio de 2005, é um velho amigo do povo chinês. Há muito tempo ele se dedica a estimular o desenvolvimento das relações sino-francesas. Uma cena inesquecível para os chineses foi quando Raffarin visitou o país em 2003. A China sofria com a propagação da SARS e o premiê francês deu atenção e apoio precioso para a luta do governo e do povo contra a doença. Depois de deixar o cargo governamental, ele continua trabalhando, em nome de um deputado, para estimular os intercâmbios entre os dois países. No fim de 2007, integrou a delegação chefiada pelo presidente atual da França, Nicolas Sarkozy, em viagem à China.

Raffarin acompanha a China há muito tempo. Durante a entrevista, ele mencionou a questão do desenvolvimento do país oriental. Ele considera que, graças à aplicação da política de reforma e abertura, a China está voltando a ser um dos países mais poderosos do mundo:

"A China está voltando a ser um dos países mais fortes. Nos próximos séculos, a China vai provar isto perante o mundo."

 

Na opinião de Raffarin, a aplicação da política de reforma e abertura é a decisão mais importante na história contemporânea da China. As práticas nas últimas três décadas provaram que os líderes chineses fizeram a escolha correta:

"Em 1975, o PIB da China ocupava apenas 0,5% do total mundial. Porém, a cifra subiu para 5% agora. A população da China aumenta anualmente em vinte milhões de pessoas, ou seja, um terço da população total da França. Quero que os franceses se lembrem disso. Devemos prestar mais atenção, compreender e abrir mais cooperações com o país que voltou para a linha de frente do mundo."

Nos últimos anos, os intercâmbios em diversos setores entre a China e a França vêm aumentando, enquanto a imprensa ocidental vem intensificando a cobertura sobre o país asiático. Porém, segundo Raffarin, os conhecimentos do povo francês sobre a China ainda não são suficientes. Por isso, num fórum de administradores regionais China-França, realizado no ano passado em Bordeaux, o ex-premiê francês citou palavras de personagens históricos de ambos os países para pedir aos políticos franceses que tomem posturas mais racionais e objetivas para conhecer a China de forma mais completa e profunda:

"O filósofo francês do século XVII Blaise Pascal afirmou que quando as pessoas olham cada vez menos para a China, a luz continua iluminando o país. Procuremos esta luz e vamos deixar as diferenças e conflitos ideológicos e culturais de lado para encontrar a China verdadeira. O poeta chinês da dinastia Tang escreveu um verso em que diz quando a água no rio é mais pura, a lua parece mais próxima. Somente quando abandonarmos os preconceitos poderemos conhecer a natureza das coisas."

Para incentivar a amizade entre os dois países, é preciso tanto boas intenções políticas das duas partes quanto oportunidades de cooperações comerciais de benefício mútuo. Em encontros com empresários franceses, Raffarin sugeriu-lhes visitar mais a China para procurar e descobrir chances comerciais neste vasto mercado. Ele observa que, enquanto a França está se esforçando para que o crescimento do PIB anual alcance 0,1%, a China está controlando sua cifra, que atinge todos os anos dois dígitos. Na 17ª Conferência Nacional do Partido Comunista da China foi determinada a estratégia de desenvolvimento sustentável. Pode-se dizer que o desenvolvimento constante da China deu oportunidades para a França:

"Temos que manter cooperações ativas com este país que voltou para a linha de frente do mundo, puxado pela intensa força motriz do desenvolvimento, e que procura controlar o ritmo de crescimento para resolver os problemas relacionados."

No século XXI, a questão ambiental tornou-se um tema global. A França, entre outros países industrializados, está considerando e prestando maior atenção às relações entre o desenvolvimento e o ambiente, porque estes países já concluíram o processo de industrialização. De ponto de vista de Raffarin, a China, na qualidade de um país em desenvolvimento, também está percebendo a urgência da questão da proteção ambiental. A China está introduzindo avançadas tecnologias e experiências para o setor, e as empresas francesas podem demonstrar suas vantagens. Segundo o político, atualmente Alstom, Areva e outras empresas francesas do setor energético estão ampliando continuamente sua participação no mercado chinês, enquanto a Veolia e a Suez, do setor de tratamento de lixo, também estão se esforçando neste sentido.

 

A imprensa e uma opinião pública favorável também são importantes para o desenvolvimento das relações sino-francesas. Comentando algumas reportagens injustas da imprensa francesa sobre a China, que prejudicaram a confiança dos investidores e até enganaram o público, Raffarin expressou analisou:

"Quero dizer aos franceses que o povo chinês conhece bem seus próprios problemas. O premiê chinês tinha me dito: por favor, acreditem que os chineses são tão inteligentes quanto os ocidentais. Temos conhecimento dos nossos problemas, mas sabemos também que o mais importante é a estabilidade. As questões não se resolvem de um dia para o outro e estamos adotando medidas viáveis para resolvê-las."

Devido aos profundos conhecimentos e confiança em relação à China, Raffarin crê que as cooperações entre os dois países em diversos setores serão intensificadas e ampliadas, e que o futuro da parceria estratégica entre França e China é brilhante.

 
Leia mais
Comentário
 
Noticiário (09-05-12)
Horário e Frequência
Minha música
Sua palavra
Correspondente Rio de Janeiro
60 Anos da Nova China
Rádio on Line
Semana no Esporte-Luis Zhao
Nos Ares da Cultura
-Inês
Sociedade Chinesa
-Luisinho
Viagem pela China-Silvia
Repórter da China
-Catarina
Encontro da CRI com seus Ouvintes
-Alexandra

Treze pandas gigantes filhotes se mudam para nova casa

Palácio de Verão

Templo de Céu
<  E-Mail  >
© China Radio International.CRI. All Rights Reserved.
16A Shijingshan Road, Beijing, China. 100040