O governo chinês disse que investirá mais fundos nas áreas rurais este ano, como parte dos esforços para impulsionar o desenvolvimento agrícola e estreitar a crescente diferença urbano-rural.
A decisão foi tomada quando o país enfrenta dificuldades para equilibrar a oferta e a demanda de produtos agropecuários, manter o crescimento estável da produção de cereais e os ingressos dos agricultores a reduzir a brecha entre as áreas rurais e urbanas, diz o documento emitido conjuntamente pelo Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e o Conselho de Estado.
Os governos acima do nível distrital devem assegurar que o crescimento do investimento em agricultura seja superior aos rendimentos regulares de cada ano, disse o documento, chamado também Documento Nº1.
"Tanto o gasto do governo como o investimento em ativos fixos no campo devem aumentar a um passo rápido este ano", acrescenta o documento. Os governos locais devem separar uma porção dos seus orçamentos para a construção e destinar às áreas rurais.
A China acelerará também uma legislação para assegurar que o investimento no campo será melhor administrada.
Para melhorar a produtividade agrícola do país, são necessários projetos de irrigação, reforçar represas, proteger as terras cultuváveis, promover a mecanização agrícola e frear a desertificação.
O investimento será utilizado também para oferecer livros gratuitos a estudantes rurais e ampliar a assistência médica rural cooperativa.
A exportação líquida de cereais aumentou 320% entre janeiro e novembro de 2007, em comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, observadores industriais previram uma desaceleração do desenvolvimento em 2008.
O aumento registrado no período foi atribuído pelos analistas à elevação dos preços nos mercados agrícolas mundiais.
De acordo com o Ministério da Agricultura da China, de janeiro a novembro, o país exportou 9,2 milhões de toneladas de cereais, uma alta anual de 77,6%, e importou 1,44 milhão de toneladas daquelas mercadorias, 56,6% a menos em relação aos onze mesmos meses de 2006. E a importação líquida totalizou 7,76 milhões de toneladas, um aumento de 320% na comparação de ambos lapsos de tempo.
A exportação líquida de arroz com casca subiu 65,2% para 746.000 toneladas, enquanto a exportação líquida de milho chegou a 4,85 milhões de toneladas, com um aumento de 88,8%. Além disso, a exportação líquida de trigo foi de 2,58 milhões de toneladas, 470% a mais que em 2006.
O Ministério das Finanças decidiu eliminar em 20 de dezembro passado os incentivos que concedia às exportações de 84 produtos agrícolas, na forma de descontos tributários. A medida busca desencorajar a exportação e garantir o fornecimento de produtos agrícolas no mercado nacional, onde os preços de alimentos levaram a inflação à uma nova alta de 6,9% durante os últimos onze anos.
As mercadorias incluem trigo, aveia, milho, arroz com casca, arroz, sorgo, feijão e soja, e seus produtos derivados.
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