A China está disposta a promover as relações militares com os Estados Unidos através de visitas de alta nível e comunicações mais fluentes entre as duas partes, manifestou no dia 16 o subdiretor do escritório de assuntos exteriores do Ministério da Defesa Nacional da China, Ding Jingong.
A China mantém uma atitude positiva para o desenvolvimento dos laços entre as autoridades militares dos dois países, afirmou Ding ao comentar a visita ao país asiático realizada pelo comandante em chefe do Comando do Pacífico dos Estados Unidos, Timothy Keating.
"As visitas de oficiais de alta patente, como a de Keating, permitirão impulsionar a compreensão e a confiança mútuas, enquanto as trocas de opiniões facilitarão uma cooperação prática", afirmou Ding.
Segundo Ding, o comandante em chefe norte-americano apresentou diversas propostas para o progresso dos intercâmbios militares entre os Estados Unidos e a China, entre as quais estão programas de intercâmbio de oficiais jovens e de idade média, também de oficiais inativos de alta patente entre os dois países, assim como visitas recíprocas de navios de guerra, e manobras militares multinacionais e bilaterais.
"A posição de Keating sobre o assunto de Taiwan é positiva, o que ajudará a melhorar a cooperação entre ambas as partes", destacou Ding.
Apesar dos avanços, a questão de Taiwan continua sendo um problema chave nas relações entre a China e os Estados Unidos, disse Ding. Neste sentido, lembrou que as duas medidas legislativas aprovadas pelo Congresso americano, a Ata de Autorização de Defesa Nacional para o ano fiscal de 2000 e a Emenda de Demora, criaram importantes barreiras para a cooperação militar em 12 áreas entre a China e os Estados Unidos.

"A falta de confiança por parte dos Estados Unidos na China prejudicará as relações sino-americanas e os atuais intercâmbios", indicou Ding.
Keating chegou domingo à tarde à capital chinesa em uma visita de quatro dias de duração, e se reuniu no mesmo dia com o vice-presidente da Comissão Militar Central, Guo Boxiong, o subchefe do Estado Maior General do Exército de Libertação Popular da China, Ma Xiaotian, assim como com o chanceler chinês, Yang Jiechi.
Analistas indicam que é a primeira vez que os pessoais militares que participam dos diálogos estratégicos entre os dois países. Isso mostra o avanço das cooperações bilaterais. A China e os Estados Unidos querem estabelecer uma relação militar clara e estável de longo prazo, o que favorece a paz e a estabilidade de todo o mundo.
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