Sobre CRI Sobre Dept.
HomeGeralEconomiaCulturaVidaEsportesChinêsWebcast
O embaixador chinês fala sobre relações sino-brasileiras e o comércio bilateral
2008-01-10 16:27:05    cri

Foi realizado recentemente no Rio de Janeiro um seminário sobre o comércio sino-brasileiro, organizado pela Câmara de Comércio Americana para o Brasil. Na ocasião, o embaixador chinês no Brasil, Chen Duqing, também ficou presente e proferiu um discurso, fazendo uma retrospeção do desenvolvimento das relações bilaterais, assim como uma avaliação do comércio sino-brasileiro.

"Falando das relações bilaterais, realmente sou bastante qualificado para falar. Iniciai minha carreira com assuntos do Brasil dentro do Ministério das Relações Exteriores da China. Em 1974, fui integrante da primeira missão oficial que veio ao Brasil. No dia 15 de agosto do mesmo ano, foi firmado um acordo, daí, começaram as relações diplomáticas entre a China e o Brasil. No início, não havia condições para o desenvolvimento rápido das relações, porque naquele momento, o Brasil estava numa situação difícil em termos de diplomacia, e a China estava na Revolução Cultural que era um caos total. Mas o então ministro das Relações Exteriores do Brasil António Silveira disse que a China e o Brasil são dois gigantes, vamos caminhar com certa lentitão, mas com passos firmes, pode-se desecansar um pouquinho, mas não para. Realmente, foi isso que desecrever bem a situação do desenvolvimento das relações bilaterais daquela época."   

Em 1993, durante a visita do então presidente chinês ao Brasil, os dois países estabeleceram a parceria estratégica, o que era uma marca histórica e empurra o desenvolvimento das relações bilaterais. Mas naquela altura, muitos brasileiros tinha dúvídas a decisão do governo brasileiro. O embaixador Chen disse o seguinte:

"Muita gente estava duvidando se existiria a necessidade de fazer isso com a China. Até alguns achavam que fazer a parceria estratégica com a China seria uma ilusão. Não é. A China não tem nada de conflito com o Brasil, os dois países compartilham das mesmas posições no cenário internacional. A China e o Brasil têm o mesmo papel a desempenhar em todo o mundo, isso é uma coisa real."

Na opinião do Chen, a parceria estratégica vem se beneficiando e beneficiará o desenvolvimento dos dois países. Para verificar a sua afirmação, ele deu dois fatos. Primeiro, a China tem um projeto cooperativo muito importante com o Brasil que é do satélite de sensoriamento remoto. O Brasil nunca conseguiu fazer este tipo de projeto nem com a França, nem com Estados Unidos, porque é uma área sensível. E a China está mais avançada neste setor. Com a parceria estratégica, esse projeto se iniciou varios anos atrás. E agora, três satélites já foram lançados, e as duas partes estão pensando em lançar mais. Talvez em um dia do futuro, os dois podem pesquisar juntos até um satélite de telecomunicações. O segundo fato é que as visitas de alto nível entre os dois países se tornam muito frequentes. Apenas em 2006, fui para a China o vice-presidente brasileiro, José Alencar e durante a sua visita, foi criada a alta comissão das relações bilaterais que vai coordenar todo o tipo de cooperações entre os dois países. E depois, no fim de setembro, o presdiente do Comissão Permanente da Assembléia Popular Nacional da China, Wu Bangguo, realizou um visita ao Brasil, ocasião em que foi firmado um acordo importante de compra de cem aviões da empresa brasileira.

Com a entrada das relações sino-brasileiras num melhor momento de desenvolvimento, e a frenquente troca de visitas dos dirigentes de alto nível entre os dois países, o comércio bilateral registrou um crescimento rápido nos últimos anos e também apresenta uma boa perspetiva de aumento. De acordo com estatísticas, o volume e comércio bilateral entre os doi países chegou a US$ 23,3 bilhões em 2007, com o aumento de 42% em comparação com o ano anterior.

Hoje em dia, se vê cada vez mais produtos chineses no mercado brasileiro tais como brinquedos, eletrodomésticos, vestidos, etc. Porém, no mercado chinês, a situação é contrária, não exitem muitos produtos brasileiros, e as coisas mais importados pela China do Brasil são matérias-primas como ferro, soja, etc. Em relação a este fenômemo, o embaixador Chen fez uma sugestão aos empresários brasileiros:

"O Brasil tem muitas coisas boas, só que saber fazer marketing, fazer divulgar, eu disse que você tem coisa muito bonita, mas não divulga, acho que o Brasil tem coisas boas. Isso é máximo. Se você estiver querendo comprar, você vem ao Brasil. Mas agora não é isso, não é mercado do vendedor, é mercado do comprador."

No fim do seu discurso, o embaixador Chen Duqing manifestou o seu desejo sobre o desenvolvimento dos dois países. Ele disse:

"Espero que os dois países continuam trabalhando juntos, sobretudo, os nossos dois empresariados, de mãos dadas, fazem esses dois países progredir mais para frente, isso é mais importante."

 
Leia mais Comentário
Post Your Comments

Your Name:

E-mail:

Comments:

 
Noticiário (09-05-12)
Horário e Frequência
Minha música
Sua palavra
Correspondente Rio de Janeiro
60 Anos da Nova China
Rádio on Line
Semana no Esporte-Luis Zhao
Nos Ares da Cultura
-Inês
Sociedade Chinesa
-Luisinho
Viagem pela China-Silvia
Repórter da China
-Catarina
Encontro da CRI com seus Ouvintes
-Alexandra

Treze pandas gigantes filhotes se mudam para nova casa

Palácio de Verão

Templo de Céu
<  E-Mail  >
© China Radio International.CRI. All Rights Reserved.
16A Shijingshan Road, Beijing, China. 100040