A China e a Índia assinaram no dia 4 uma declaração conjunta na qual se comprometeram a ampliar a cooperação financeira entre dois dos maiores países em desenvolvimento no mundo.
Na declaração assinada no Segundo Diálogo Financeiro China-Índia em Beijing, os dois países prometeram impulsionar os intercâmbios e a cooperação no desenvolvimento de mercados de títulos, na abertura de mercados de capital e na supervisão financeira.
Ambas as partes concordaram em desenvolver os mercados de títulos e expandir os canais de financiamento direto, abrir gradualmente os mercados nacionais de capital e impulsionar a supervisão financeira para se proteger dos riscos gerados pelos fluxos de capitais transfronteiriços em curto prazo.
Os dois países também prometeram melhorar os controles macroeconômicos, promover o desenvolvimento de energia renovável e não-poluente e promover modelos de produção e consumo sustentáveis, não-poluentes e que economizem a energia.
Li Yong, vice-ministro chinês das Finanças, e o secretário indiano das Finanças, Dr. D. Subbrarao, co-presidiram a reunião.
Li reconheceu que a China e a Índia enfrentam desafios similares causados por um acelerado crescimento econômico.
O documento conjunto disse que os dois governos têm dado conta de que a crise financeira que atinge a economia dos Estados Unidos, os elevados preços do petróleo e de produtos, o desequilíbrio econômico global e o aumento do protecionismo comercial representam potenciais ameaças para o crescimento econômico global.
O robusto crescimento econômico da China e da Índia ajudará o planeta a se proteger melhor da recessão econômica, mencionou a declaração conjunta.

O vice-diretor do Departamento da Ásia-Pacífico da Academia de Ciências Sociais da China, Sun Shihai, manifestou que a China e a Índia vão desenvolver sempre para frente, as relações bilaterais de parceria estratégica, ampliar as áreas de cooperação, buscar o desenvolvimento sustentável dos dois países e a estabilidade do mercado financeiro da região através do fortalecimento das cooperações e intercâmbios financeiros.
Segundo se informou, até agora, já têm 8 bancos indianos que entram no mercado chinês. O secretário das Finanças da Índia manifestou o desejo de continuar fortalecer as cooperações nas áreas financeira e bancária.
"As duas partes devem aproveitar bem o mecanismo de diálogo financeiro para descobrir mais potencialidade de cooperação e impulsionar as relações de parceria estratégica entre os dois países", completou Li.
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