A região do delta do Yangtze, integrada por Shanghai e as várias cidades das províncias de Jiangsu e Zhejing, pretende implementar um planejamento de desenvolvimento econômico comum, a fim de eliminar as barreiras administrativas internas.
No último domingo, os governos de Shanghai e das províncias de Jiangsu e Zheijiang emitiram uma série de circulares conjuntas, prometendo dar igual acesso ao mercado às empresas que quiserem investir em qualquer parte da região do delta do Yangtze.
Por meio dessas circulares, as autoridades comerciais e industriais de Jiangsu, Zhejiang e Shanghai emitiram a primeira "política comum" para permitir o livre fluxo do capital social das companhias e padronizaram os procedimentos e critérios para o registro das firmas estrangeiras.
A medida foi logo aplaudida pelo setor empresarial. Kevin Nosbisch, vice-presidente da General Mills Internacional na China, proprietária da Haagen-Dazs, sublinhou que mais de 60% das suas lojas na China estão localizadas em Shanghai, Zhejiang e Jiangsu, e que, por isso, as medidas para unificar o mercado regional ajudarão a impulsionar suas atividades.
Os três pesos-pesados da delta do rio Yangtze são tanto competidores como sócios. O investimento procedente de Zhejiang em Shanghai e Jiangsu, por exemplo, acumulou 200 bilhões de yuans (cerca de US$ 27 bilhões) desde o início desta década. Por sua vez, Zhejiang recebeu 40 bilhões de yuans (cerca de US$ 54 bilhões) em investimentos procedentes de Shanghai e Jiangsu.
No entanto, a concorrência para atrair investimentos e a duplicação dos gastos com infra-estrutura limitaram o crescimento da região e desperdiçaram recursos.
A região do delta do Yangtze possui 20% do produto interno bruto (PIB) da China e absorve em torno de 50% do investimento do exterior. Na região, são registradas mais de dois milhões de empresas, representando 23,8% do total nacional.
|