Há um ano e meio, ao assumir o cargo de diretor da Brilliance Auto, Qi Yumin se surpreendeu pelo estado de emergência da companhia. Sem embargo, graças a seus esforços, um ano depois, esta tem chegado a ser um modelo do setor e desempenha um papel importante dentro da indústria automobilística da China. Qi Yumin se tornou famoso.
Dia 25 de dezembro de 2005 Qi Yumin foi nomeado presidente da companhia Holding Brilliance Auto Ltd. e da Companhia de Automóveis Jinbei de Shenyang Ltd., o que mudou a sua vida. Sendo o quinto homem em ocupar o posto nessa empresa estatal localizada na cidade de Shenyang, base industrial do Nordeste do país. Um dito local certifica a importância transcendental do fabricante para a região: "Se a Brilliance não desenvolve, a indústria automobilística de Shenyang e a cidade de Shenyang não terão seu desenvolvimento."
"Foi um dia nevado, em que com um sentimento raro cheguei a uma cidade e uma empresa desconhecida para mim", recordou Qi.

"Ao chegar aqui, li muitos dados e descobri que houve muitos problemas na administração e produção", comentou. Antes de ser nomeado como presidente do Grupo, Qi Yumin, era vice-prefeito da cidade de Dalian, onde se encarregava do setor industrial e trabalhava durante 20 anos em uma planta da indústria pesada local. Graças a suas ricas experiências em postos anteriores, encontrou o problema básico: "Uma empresa automotiva é como um sistema circular. O curso superior são os provedores; o meio, nossa produção e o inferior, as vendas no mercado. Na Brilliance estes três elos estavam mal organizados", afirmou.
"Iniciamos por tanto uma reforma desde a administração. Necessitávamos produtos, mas esse significava gasto de dinheiro". Para resolver o problema, Qi Yumin viajou a Guangzhou e teve encontro com o presidente do Banco de Desenvolvimento da província de Guangdong, a quem apresentou seu plano. Seus esforços renderam resultados e a Brilliance conseguiu um empréstimo de 200 milhões de yuans (uns US$26 milhões ao câmbio atual). "Depois, nos outorgou na realidade 300 milhões" (pouco mais de US$39 milhões). Em total, Qi pediu os empréstimos de 700 milhões de yuans em vários bancos.
Qi fixou sua vista em Zhonghua Zunchi, cuja venda ficou estagnada e houve grande rebaixamento do preço desta marca, considerada de categoria elevada entre os carros sedã chineses. Ao entrar em mercado em 2005, teve um bom acolhimento, mas pouco tempo depois as vendas caíram. Nos finais do ano só se havia obtido comercializar várias dezenas de autos por mês, pois o problema residia no preço.
Depois de escutar a apresentação de seus colegas, Qi decidiu introduzir um reajuste do preço. O valor do auto no mercado baixou de 130 mil a 110 mil yuans (de quase US$17.000 a US$14.400), e a outra marca, de 170 mil a 130 mil yuans (de US$22.225 a 17.000). Como resultado, as vendas ascenderam velozmente e superaram a casa de mil carros por mês.
Vários meses depois de pôr-se em prática o rebaixamento, o preço dos automóveis em todo o país começou a baixar. Porém, devido à política previamente efetuada, Zunchi conseguiu grandes encomendas.
Na estratégia proposta por Qi Yumin, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento da Brilliance, a entrada ao mercado de Junjie ocupou um lugar sumamente importante. Como este tipo de auto pertence tecnicamente à BMW, se necessitava seu respaldo para o seguinte passo. Depois de várias solicitações, a BMW enviou um grupo de assistência técnica. A partir de então, durante mais de um mês, era impossível ver Qi Yumin fora das horas de expediente. Ao mesmo tempo, os empregados costumavam ver um auto parecido em sua parte da frente a um BMW, mas com a marca de Zhonghua, circulando pelas avenidas grandes e pequenas. Era o Zhonghua Junjie, que Qi Yumin conduzia todos os dias ao sair do trabalho. Umas semanas de provas depois, o presidente da fábrica entregou uma proposta com 18 itens para o melhoramento.
Dia 18 de fevereiro de 2006, o Junjie saiu oficialmente da linha de produção e exatamente um mês mais tarde entrou no mercado com um preço de 90.000 yuans (US$11.767), recomendado por Qi. O acolhimento do carro foi bom e as vendas ascenderam cada mês a uns 10.000 exemplares. Junjie se tem convertido em um cavalo negro do sector.
Quando a gente suspirava com surpresa pela rápida recuperação da companhia Brilliance, Qi Yumin lançou outra carta que chamou a atenção de todos. A Brilliance firmou com a Companhia HSO da Alemanha, famosa empresa européia de logística, um acordo para a exportação de 158.000 carros Zhonghua em um prazo de cinco anos. Esta é a maior exportação unitária de automóveis da marca autônoma chinesa e também a primeira vez que um volume tão grande entrará no mercado dos países desenvolvidos.
Em um ano apenas, as políticas de Qi Yumin conseguiram salvar a Brillance, que saiu da crise e vendeu uns 200.000 autos anuais. Também o presidente tem conseguido o milagre de entrar no mercado europeu e transformar sua empresa em modelo do sector. As mídias concentram sua atenção a este homem, quem em 2005 desconhecia a indústria automobilística e atualmente é um especialista do setor.
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