O Distrito de Dan, da Província do Shandong, leste da China, é um importante pólo nacional de produção de algodão. Em fins do ano passado, a localidade ganhou a primeira usina elétrica bioenergética do país.
A bioenergia já se tornou a quarta maior fonte de energia mundial, atrás do carvão, petróleo e do gás natural. Na China, o combustível bioenergético deriva das palhas de trigo e milho, algodão, sorgo e resíduo de processamento de madeira. Devido às suas vantagens ambientais, o governo chinês decidiu priorizar seu desenvolvimento, tratando-a como um importante conteúdo da estratégia de exploração de energia sustentável.
Em setembro de 2004, a Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento aprovou o projeto da construção da primeira usina bioenergética do país. Logo após a aprovação do projeto, o local da futura geradora começou a ser debatido. Para uma usina bioenergética, seu local de construção depende, antes de tudo, do fornecimento do combustível.
O diretor do Departamento de Energia do Distrito de Dan, Zhou Tingying, afirmou que o distrito é tradicionalmente um pólo agrícola e silvícola, ele disse:
"A população total do Distrito de Dan é 1,17 milhão de pessoas, na qual 970 mil são agricultores que exploram 100 mil hectares de terras. Por isso, os recursos bioenergéticos são muito ricos".
Depois de mais de um ano da construção, a Usina Bioenergética de Dan entrou em funcionamento. Para garantir o fornecimento do combustível, foram abertos oito postos para a compra e classificação das palhas, resíduos de processamento de madeira e cascas de árvores, entre outras matérias-primas.
O vice-diretor da Usina, Liu Chengjiang, considera que o fornecimento atendeu perfeitamente a demanda da produção da usina, ele disse:
"A geração de energia dessa usina é baseada na palha. Agora, constatamos que a eficiência da palha do algodoeiro é parecida com a casca das árvores. O Distrito de Dan é rodeado por fontes de materiais-primas para geração de energia de alta qualidade."
Segundo os habitantes locais, antes do surgimento da usina, as palhas eram abandonadas no campo. Agora, os subprodutos tornaram-se uma fonte de renda para os agricultores locais. Liu nos contou:
"Os agricultores podem ganhar entre 40 e 50 milhões de yuans por ano. É uma previsão muito prática, pois precisamos de 200 mil toneladas de matérias-primas por ano e, cada tonelada , custa 200 yuans".
O tráfico do combustível bioenergético contribuiu consideravelmente com a economia do distrito agrícola. A aplicação da tecnologia bioenergéticas no mundo ainda se encontra numa fase inicial, com um baixo nível de industrialização e de comercialização.
Então, com os altos preços do combustível, será que a Usina de Dan poderá obter o retorno de seus investimentos? Liu disse que a questão não o preocupa:
"Do ponto de vista atual, o projeto é satisfatório, pois gera diariamente 720 mil quilowatts por hora de energia. Até o dia 2 de junho deste ano, geramos 97 milhões de quilowatts por hora".
A melhora do meio ambiente do Distrito de Dan e das zonas vizinhas, no entanto, arranca aplausos dos moradores, pois substituiu o uso do carvão e do petróleo, diminuindo as emissões dos gases que produzem o efeito estufa. Conforme os relatórios divulgados pelas organizações internacionais, a palha é um combustível limpo, cuja proporção de sódio é muito mais baixa do que a do carvão.
Atribuído à reciclagem dos resíduos agrícolas, os agricultores locais jamais queimam palhas no campo. Quanto a isso, Liu salientou:
"Geramos o primeiro quilowatts por hora de energia limpa para o país. Sendo o construtor, sentimo-nos muito contentes."
Segundo se informou, o governo já sancionou uma série de políticas para incentivar o desenvolvimento dos projetos de energias renováveis, aos quais prestarão apoios financeiros e tecnológicos. Os pesquisadores da área indicaram que sob este contexto, o desenvolvimento da área será acelerado, porém, na qualidade de uma nova indústria, a utilização de bioenergia ainda enfrentará problemas tecnológicos, legislativos, problemas financeiros em seu período de construção e de operação.
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