Pang Yuliang, empresário da Província de Henan, no centro da China, e presidente da Corporação de Logísticas de LinkGlobal, confirmou, em 6 de julho, que havia adquirido no dia anterior o Aeroporto de Parchim, no norte da Alemanha, e que o negócio lhe custou um bilhão de yuans ( cerca de $130 milhões).
É a primeira vez que uma empresa chinesa torna-se proprietária de um aeroporto no ultramar. Ele se localiza em Schwerin, próximo de Hamburgo e de Berlim.
A compra incluiu as terras, propriedades, equipamentos e instalações do aeroporto, que conta com uma pista de 3.000 metros e uma área de 5 milhões de metros quadrados.
Pang realizou a aquisição vencendo dez outros competidores globais, incluindo a FedEx, o Aeroporto de Hamburgo e a Erimates Airline.
Também trata-se da primeira vez que Pang se tornou o foco da atenção pública, pois seu nome não constava de nenhuma lista dos homens mais ricos da China.
Segundo o National Business Daily, de Shanghai, Pang, mais de 40 anos de idade, foi um dos primeiros comerciantes chineses a se empenharem no setor de freight-forwarding.
Sua companhia gere uma sede de serviços logísticos em mais de 500 cidades em cerca de 90 países e regiões. Nos últimos anos, Pang já ganhou uma fortuna considerável por operar vôos fretados de cargas entre a parte continental da China e alguns países africanos e europeus, tais como Nigéria e Turquia.
Pang disse ao Economic Daily News que o vasto mercado de logísticas na China tem atraído a Alemanha, que espera estimular sua economia através de cooperações com empresários chineses. Por outro lado, as demandas por serviços logísticos dos empresários chineses também são grandes. Se tiver o próprio aeroporto na Europa, os custos de transporte vão ser reduzidos de forma significativa.
De acordo com ele, o aeroporto fica perto da estrada entre Berlim e Hamburgo e tem um parque industrial ultrapassado pelas principais linhas ferroviárias da Alemanha. Por isso, o aeroporto possui um grande potencial, pois essa área pode servir como uma zona franca. Hoje em dia, existem muitas barreiras para fazer negócios na Europa. Em sua avaliação, se os produtos semi-acabados fabricados na China forem concluídos na Alemanha, serão, no fim, produtos alemães, que podem não só circular livremente nos países membros da União Européia, como também ser exportados aos Estados Unidos e países africanos.
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