Antes da reunião de Cúpula do G-8, o presidente norte-americano, George W. Bush, mudou de opinião sobre a questão das mudanças climáticas. Ele está disposto a cooperar com a comunidade internacional.

A mudança da opinião do governo de Bush foi provocada pela situação internacional de seu país, além das pressões da comunidade internacional. Para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, tanto o tema da questão iraquiana quanto o tema do aquecimento global serão duramente cobrados pelos eleitores. As pesquisas revelam que a mudança da opinião de Bush reduzirá os danos impostos ao Partido Republicano.

Antes, Bush afirmava que se a China não reduzisse a emissão de poluentes, os Estados Unidos também não o fariam.

Diante das pressões do governo de Bush, o governo chinês adotou uma postura muito clara. Durante a coletiva de imprensa recentemente concedida pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, a China divulgou seu projeto para enfrentar o aquecimento global. De fato, apesar de a China ultrapassar rapidamente os Estados Unidos e se tornar o segundo maior país de emissão de CO2 em todo o mundo, o volume de emissão per capita é inferior ao dos Estados Unidos.

O diretor da entidade, Ma Kai, apresentou uma série de números, inclusive o histórico do volume de emissões, o que demonstrou que sendo o mais rico país ocidental, os Estados Unidos têm a sua responsabilidade na questão da redução das emissões. Para ele, colocar a responsabilidade sobre os países em desenvolvimento é injusto.

Sendo um país avançado, os Estados Unidos transferiram grande número de empresas poluentes aos países em desenvolvimento, inclusive a China. Isso faz com que os Estados Unidos gozem de produtos de baixo custo e de boa qualidade, ao mesmo tempo em que os países em desenvolvimento enfrentam o custo da destruição do meio ambiente.

De fato, na questão do aquecimento global, não é tão importante saber quem é o maior responsável. O importante é que todos os países conheçam a importância da questão, pois o aquecimento não conhece fronteiras.

O governo chinês reconhece a importância do problema, assim como seu profundo significado. Mas, a manutenção do crescimento econômico é o objetivo prioritário do governo.