A dieta com mais vegetais e frutas e menos carne para os animais do Zoológico de Beijing é uma das estratégias adotadas para ajudar a aplacar o calor, já que os dias mais quentes deste verão se aproximam.
Desde 1º de maio, cerca de 400 quilos de gelo são usados todos os dias para refrescar os bichos, segundo informou a porta-voz do jardim, Ye Mingxia.
"Antigamente, não sentíamos tanto calor até meio de junho ou início de julho, mas nos últimos anos, os dias quentes chegam mais cedo e temos de ser mais rápidos no cuidado com os animais", explicou Ye.
A nova dieta começou no início da semana, e desde lá, os moradores do Zôo já consumiram mais de 500 quilos de vegetais e frutas todos os dias â?" três vezes mais do que o normal.
As pandas tiveram ar-condicionados ligados. Já os locais onde vivem os tigres são lavados com água fria de hora em hora durante o dia. O zoológico de Beijing destina mais de US$ 131 mil diariamente para prevenir insolação, segundo Ye.
"Nenhum animal sofreu de insolação este ano", informou ela.
Estatísticas do observatório meteorológico municipal de Beijing mostram que o verão chegou à cidade em meados de maio, uma quinzena mais cedo do que o usual. Em 3 de maio, a máxima em Beijing ultrapassou a casa dos 31ºC.
A China experimentou este ano mais uma primavera mais quente que o normal, a 11ª primavera excessivamente quente desde 1997, de acordo com as estatísticas da Administração de Meteorologia da China.
A temperatura média foi de 10.6 graus celsius de março a maio este ano, 1,2 grau celsius mais alta que em anos normais e a segunda mais alta desde 1951.
Em 26 de maio, a temperatura em Tianjin atingiu 38,5 graus celsius, quebrando o recorde para maio.
Os especialistas acreditam que as primaveras quentes refletem o aquecimento global.
Consciente da influência do aquecimento global sobre o sistema ecológico, os recursos naturais e as vidas das pessoas, a China anunciou um plano de ação nacional para responder à mudança de clima.
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