Duas empresas chinesas apresentaram um relatório de viabilidade sobre a construção de uma ferrovia entre a cidade de Ho Chi Minh e a província de Binh do Vietnã, como parte da ferrovia Trans-Ásia, informou hoje o jornal local Saigon Liberation.

A sociedade da Companhia de Construção Ferroviária da China e a Companhia de Importação e Exportação de Maquinaria da China entregou ao Ministério do Transporte do Vietnã um relatório sobre a construção da ferrovia, de 128,5 quilômetros de comprimento, que ligará a margem da cidade de Ho Chi Minh à fronteira entre o Vietnã e o Camboja, com um investimento estimado de US$ 438 milhões.

A ferrovia permitirá uma velocidade máxima de 120 quilômetros por hora para trens de carga, e de 80 quilômetros por hora para trens de passageiro. A construção dessa ferrovia está programada para começar em 2010 ou mais cedo se os fundos forem resolvidos.

A ferrovia é uma parte da ferrovia Trans-Ásia, de 5,5 mil quilômetros de comprimento, que se ramifica em Kunming, capital da província chinesa de Yunnan, em três diferentes rotas através de Laos, Mianmar, Tailândia, Vietnã, Camboja e Malásia antes de terminar em Cingapura. A ferrovia Trans-Ásia foi proposta pela Malásia em 1995 e deve ser concluída no ano 2015.

O governo vietnamita criará todas as condições favoráveis aos investidores chineses para ampliar negócios no Vietnã, a fim de desenvolver o comércio bilateral e a cooperação de investimento de benefícios mútuos dos dois países, disse Nguyen Tan Dung, vice-primeiro-ministro vietnamita.

"Daremos prioridade aos investidores chineses", disse Dung hoje aqui na reunião com o vice-presidente da Federação Nacional de Indústria e Comércio da China, Quan Zhezhu.

O Vietnã, que considera a China como o parceiro bom, estratégico e compreensivo, fará o máximo esforço para fortalecer a cooperação em todos os setores, especialmente na economia, comércio e investimento, com o país vizinho para atingir o desenvolvimento comum e benefícios recíprocos, manifestou Dung.

O Vietnã está abrindo um escritório consular em Shanghai para facilitar a viagem de investidores e turistas chineses ao Vietnã, e acelerar a construção e reparação de ferrovias, estradas e rotas aéreas à China, e servindo a cooperação econômica e comercial bilateral, disse ele.

Os dois países possuem grandes potenciais de cooperação, sublinhou Dung, acrescentando que a China tem apresentado um rápido crescimento econômico e um avançado nível de desenvolvimento científico e tecnológico, e o Vietnã, com um produto interno bruto (PIB) aumentando anualmente de 7,5% a 8% nos últimos anos e uma população de 85 milhões, é um grande mercado com situações política e social estáveis.

Quan disse que a China e o Vietnã devem promover uma ampla cooperação, especialmente nas áreas de economia e comércio.

Empresas chinesas querem fazer contribuições maiores e mais práticas à economia vietnamita, acrescentou ele.

Segundo estatísticas chinesas, o Vietnã e a China registraram um volume de comércio bilateral de cerca de US$ 10 bilhões em 2006, e os dois países planejaram aumentar a cifra para US$ 15 bilhões em 2010.