Os shows automobilísticos da primeira linha da China sempre se caracterizam por diversos carros luxuosos cujos preços são extremamente altos e atraem a maioria dos visitantes. E um delas é Bentley.

Considerado um dos carros principais do extremo-luxo do mundo, Bentley fêz uma presença forte na auto-exposição 2007 de Qingdao que começou no dia 18 passado e suas figuras de vendas estão crescendo.

O fabricante automobilístico não precisava atrair a atenção das pessoas com performances ou cerimônias de revelação em sua cabine em Qingdao. As multidões entusiásticas cercaram os carros, que eram definitivamente um foco da exposição.

Estes carros super-luxuosos envolveram-se no mercado chinês. Bentley apareceu pela primeira vez no continente chinês em 2002 quando vendeu 51 carros. Kingston Chang, diretor comercial de Bentley China, afirmou que mais de 100 carros de Bentley foram vendidos em China nos primeiros quatro meses deste ano, que dobraram o número do mesmo período do ano passado.

De acordo com Chang, tanto o prestígio de possuir um Bentley como um reconhecimento cada dia maior das pessoas sobre a marca contribuíram para estes resultados de vendas, e à linha de produtos completa, cujo preço é fixado entre 3 a 13 milhões de yuans, fornecem aos consumidores várias escolhas.

Destacado por sua origem e sua cliente mais famosa, a rainha de Inglaterra, Bentley trouxe aos ricos coisas admiráveis ligadas realeza. Para Bentley, a rainha Elizabeth II é a melhor pessoa para ilustrar a nobreza e a qualidade do carro. "Mas ninguém podem convidar a rainha a ser um porta-voz," Chang disse com um sorriso.

Chang acrescentou que seu equipe vem preparando para sua sétima sala de exposições no continente chinês, que ficará na cidade de Chongqing, sudoeste da China. Além disso, o fabricante está planejando abrir outras duas em 2008.

Atualmente a China é o quinto maior mercado para Bentley, enquanto segundo Chang, um pesquisador de fabricação automobilística prevê que o país se transformaria o maior mercado dentro de dez anos.

Os carros mais caros de Bentley são os mais vendidos neste mercado forte-emergente.

"Nossos clientes chineses sempre alvejam carros de mais alta qualidade e requisitam os acessórios mais avançados, ao contrário dos compradores na Europa e nos Estados Unidos que preferem seus carros personalizados," Chang explicou.

E China é a casa para sete Mulliner728s, de que há somente 10 no globo, e que custa 12 milhões de yuans.

Volkswagen: ainda o carro para a massa?

Como o primeiro fabricante de automóveis estrangeiro que entrou na China em 1985, o joint venture chinês com Volkswagen ocupava 90 por cento do mercado chinês, e durante um longo período, o modelo Santana dominava as estradas do país.

Esta situação mudou quando os gigantes multinacionais do setor automobilístico perseguiram o caminho de Volkswagen e carros nacionais da China começou a crescer. Volkswagen tem perdido sua parte de mercado, cuja fatia no mercado caiu em 2004 para 20 por cento. Sua produção também diminuiu por dois anos consecutivos desde 2004.

No ano passado, o fabricante automobilístico alemão realizou um contra-ataque, registrando um recorde de venda de 710.505 no continente chinês, consolidando sua liderança no mercado.

Volkswagen tem atualmente duas bases da produção em China - uma em Shanghai, e outra na cidade do nordeste de Changchun, capital automobilística da China.

Seu investimento ganhou resultados positivos apesar dos desafios postos por concorrentes. A filial de Shanghai foi a melhor vendedora na China entre janeiro e abril deste ano, enquanto Changchun tornou-se a terceira. China passou o maior e mais crescido mercado para Volkswagen, cujo nome chinês é traduzido como "massa do povo".

Yan Jie, uma porta-voz da Volkswagen China, afirmou que a reputação da marca, as tecnologias avançadas e uma rede de serviço detalhada manterá Volkswagen competitiva no mercado chinês.

Agora o negócio do fabricante ganhou o impulso quando foi nomeado o parceiro oficial dos Jogos Olímpicos 2008.

Mas Volkswagen ainda enfrenta dificuldades impostas por um mercado mundial estagnada e que abordam problemas em coordenar mais eficientemente suas duas filiais chinesas sob uma marca.