Com a aceleração da construção urbana, cada vez mais camponeses chineses vão trabalhar nas cidades. Como empregá-los nas zonas urbanas se tornou um problema de vários camponeses migrantes. Hoje em dia, algumas escolas com formação técnica proporcionam oportunidades a estes trabalhadores.

Shi Dianzhao, camponês da província de Henan, trabalhou em Beijing por dez anos. Quando saiu de sua terra natal, ele não tinha nenhuma habilidade profissional. Três anos atrás, ele voltou à aldeia, participando do curso da Obra de Sol, para aprender como montar andaimes. Um ano depois, ele e outros dez conterrâneos começaram a trabalhar na 4ª Companhia de Construção da Corporação da Construção da China. Ele revelou ao repórter:

"Antigamente, ganhava apenas centenas de yuans mensalmente. Três anos atrás, eu e outros conterrâneos assistimos à Obra de Sol, aprendendo gratuitamente as técnicas de engenharia elétrica e alvenaria. Agora, recebo 1.600 yuans por mês. Se trabalhar bem, há a oportunidade de receber um aumento. Neste ano, o meu salário foi aumentado duas vezes."

A Obra de Sol constitui uma curso de formação técnico para a transferência de trabalhadores das zonas rurais, apresentado em 2004 por seis ministérios da China, incluindo o Ministério de Agricultura, de Finanças e de Trabalho. O objetivo é proporcionar a formação técnica gratuita aos trabalhadores das zonas rurais, especialmente nas regiões pobres. Por isso, o projeto é chamado de Obra de Sol. O Gabinete de Apoio sobre Pobreza do Conselho de Estado aplicou em todo o país o Programa de Orvalho, com função de ajudar os jovens camponeses nas regiões pobres a conseguir emprego.

Shaanxi, situada no oeste da China, é uma importante província agrícola e a famosa pela exportação de mão-de-obra. Shaanxi exporta anualmente cinco milhões de pessoas. Um terço das receitas médias dos camponeses locais é proveniente dos familiares que trabalham nas cidades. O vice-governador da província, Wu Dengchang, apresentou as experiências de Shaanxi:

"A formação foi organizada pelo governo provincial, fortalecendo a formação sobre a mão-de-obra exportada. Atualmente, as despesas do curso são pagas pelo governo provincial. Além disso, a província acelerou a educação e a formação profissional. Todos os distritos têm escolas técnicas profissionais."

A fim de resolver os problemas de emprego dos camponeses imigrantes, os cursos oferecem formações de acordo com as exigências das entidades que anunciam vagas de trabalho. O diretor do Programa de Orvalho, Zhao Fengxiang, afirmou:

"A escola se responsabiliza pelos empregos. Os alunos da escola foram às províncias de Fujian, Guangdong e às grandes cidades, tais como Shanghai e Beijing. Escolhemos as empresas com bons lucros de investimento e seguros médicos."

Segundo dados estatísticos, as finanças centrais investiram 1,25 bilhões de yuans no setor. Até o final de outubro de 2006, a Obra de Sol formou 8,3 milhões de camponeses. A formação técnica ajuda no aumento das receitas dos camponeses imigrantes, além de mudar os seus conceitos. Alguns camponeses imigrantes acabando regressando à suas terras natais para iniciar um negócio próprio, o que já se tornou uma tendência e uma nova força do desenvolvimento econômico local. O vice-diretor do Departamento de Estatísticas da província de Hubei, grande província agrícola no centro do país, Ye Qing, afirmou:

"Estamos muito satisfeito com os camponeses da província que trabalhavam no litoral do país e depois voltaram à suas terras natais para estabelecer fábricas. O enriquecimento das zonas rurais necessita destes talentos. Eles podem ganhar dinheiro, enquanto beneficiam os habitantes locais."

Alguns camponeses apresentaram suas opiniões e sugestões sobre a formação técnica.

O diretor da Escola de Computador Tai´na da província de Shandong, Wang Yuancheng, era um camponês migrante. Ele disse ao repórter que a formação técnica ajudou vários camponeses, melhorando seu nível de vida.

"A Obra de Sol é uma ótima medida para transferir mão-de-obra excedente. Por outro lado, o governo deve garantir os efeitos da formação, além de estabelecer um sistema de supervisão."

Para os camponeses imigrantes, a formação técnica aumentou suas receitas. A formação técnica diminui a desigualdade social das regiões pobres e protege o ambiente ecológico, além de beneficiar o desenvolvimento coordenativo urbano e rural. Hoje em dia, na construção urbana, cada vez mais camponeses formados desempenham importantes papéis em seus postos de trabalho. A cidade está cada vez mais bonita com os esforços deles.