A responsabilidade social de uma empresa significa que além de gerar lucros e proteger os interesses dos sócios da empresa, deve-se ainda assumir a responsabilidade pelos empregados, sociedade e meio ambiente, incluindo a ética comercial, a segurança na produção, saúde profissional, proteção dos direitos legítimos dos trabalhadores e conservação dos recursos.
Ao entrar no novo século, sob a promoção da Organização das Nações Unidas (ONU), algumas empresas transnacionais começaram a prestigiar a concretização de suas responsabilidades sociais. A Intel, Nike, Wallmart, entre outras empresas, divulgam periodicamente relatórios de concretização de responsabilidades sociais, revelando os trabalhos realizados. Neste ano, algumas empresas chinesas também divulgaram seus relatórios, entre as quais, a Corporação Nacional do Petróleo da China (CNPC).
Na qualidade de uma das 500 maiores empresas do mundo, a CNPC publicou em 28 de fevereiro seu primeiro relatório. O porta-voz da empresa, Li Runsheng, comentou:
"Sendo uma empresa estatal petrolífera, não podemos perseguir apenas o lucro, mas também concretizar o desenvolvimento sustentável, retribuir aos sócios, empregados e toda a sociedade."
O relatório resumiu os trabalhos realizados pela empresa no ano passado em relação ao abastecimento de energia, produção, formação dos empregados e bem-estar público. Segundo o documento, no ano passado, a empresa destinou US$ 2,3 bilhões para prevenir os perigos eventuais à segurança, ao meio ambiente e aos projetos de tratamento de água. Desde 2000, a empresa também investiu US$ 329 milhões nos trabalhos de bem-estar público. A CNPC prometeu divulgar todos os anos o relatório da responsabilidade social.
Em 2005, ocorreu explosão numa fábrica química subordinada à CNPC, poluindo gravemente as águas do rio Songhua, no nordeste da China, por derivados de benzeno. O acidente prejudicou a imagem social da empresa e a estimulou a considerar sua responsabilidade social. Do início, ignorando a responsabilidade social, para depois valorizá-la, a transformação da atitude da CNPC refletiu a evolução de diversas empresas chinesas.
O pesquisador do setor e editor-chefe do canal de economia da Sina, Wang Zihui, considera que ao longo dos anos anteriores, muitas empresas mantinham conceitos equivocados em relação à responsabilidade social:
"Essas empresas consideravam que o dever mais importante de uma empresa é buscar o lucro, e que as pessoas não deviam impor às companhias as responsabilidades éticas."
Segundo estatísticas, muitas empresas chinesas violam os direitos legítimos dos trabalhadores e outras desperdiçam recursos naturais, poluem o meio ambiente e até falsificam produtos cujos direitos autorais são reservados. O comportamento dessas empresas prejudica tanto os clientes, como a imagem e os interesses econômicos das empresas que possuem registraram a patente.
A situação é atribuída principalmente ao pensamento dos dirigentes de empresas. Muitos deles consideram que valorizando a responsabilidade social, a competitividade da companhia será menor.
Quanto a esta opinião, os pesquisadores apontaram que ao assumir as responsabilidades sociais, os gastos das empresas aumentarão a curto prazo, porém através da medida podem integrar mais recursos da sociedade e tornar a empresa mais competente. O professor da Universidade Popular da China Li Yiping disse:
"Quem honrar a responsabilidade social, formará uma imagem positiva na sociedade, com a qual pode obter mais benefícios."
Segundo Wang Zihui, na presente etapa, as empresas chinesas devem prestigiar o fornecimento de produtos e serviços mais qualificados. Ele disse:
"A responsabilidade social da empresa é uma relação entre a empresa e os envolvidos nos interesses da companhia. Os consumidores constituem o maior grupo de envolvidos nos interesses da empresa. Se os consumidores forem ignorados, o desenvolvimento da empresa terá grandes prejuízos. Os consumidores devem ser respeitados."
No dia 15 do mês passado, o Dia dos Consumidores da China, diversas empresas chinesas se manifestaram dispostas a assumir suas devidas responsabilidades sociais.
Os especialistas indicaram que a transformação da atitude das empresas pode ser considerada uma revolução do conceito de administração e, ao mesmo tempo, significa que a concorrência entre as empresas entrou numa nova época.
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