Analistas do comércio chinês e especialistas do setor atribuíram ao inverno quente o enorme superávit de comércio exterior da China entre janeiro e fevereiro, em resposta a novos pedidos externos de revalorização da moeda chinesa.
"O inverno quente no hemisfério norte permitiu que nossa empresa exportasse roupas de verão para os países ocidentais antes da data prevista e nos deu uma sorte inesperada no início do ano", disse Yang Hao, presidente da Companhia de Vestuário Yangfan da cidade de Xinji, na província de Hebei, norte do país.
Yang participou aqui da Feira de Importação e Exportação de Mercadorias da China, maior exposição comercial do país, que vai de 15 a 30 deste mês.
"O inverno quente estimulou a indústria chinesa a antecipar a exportação de roupas de verão. Normalmente as roupas são exportadas no segundo trimestre", explicou à Xinhua Cao Xinyu, vice-presidente da Câmara do Comércio da China para Importação e Exportação de Têxteis.
"Esta é a razão do notável aumento na exportação chinesa de têxteis e vestuário nos primeiros dois meses e também um fator importante do enorme superávit no comércio exterior", disse.
Outra indústria afetada pelo inverno quente foi a dos aparelhos de ar condicionado.
A província de Guangdong, cuja exportação de aparelhos de ar condicionado representa mais da metade do total nacional, exportou cerca de 3.845.000 aparelhos de ar condicionado no valor de US$ 570 milhões, com aumento anual de 14% e 21%, respectivamente.
Estatísticas da Administração Geral das Alfândegas da China mostraram que o superávit comercial nos setores de têxteis e vestuário chegou a US$ 21,6 bilhões nos primeiros dois meses deste ano, com o volume de exportação atingindo US$ 24 bilhões, um aumento anual de 40%.
A exportação de têxteis e vestuário em fevereiro aumentou 72% em relação ao ano passado.
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