O Tibet planeja proporcionar água potável limpa a 1,2 milhão de pessoas até 2010 e resolver o problema de poluição de água potável para 300 mil pessoas neste ano, segundo informaram fontes do departamento de recursos hídricos da região.
"Em muitas áreas do Tibet, como Qamdo e Nyingchi, a água contém demasiado arsênio ou flúor, ou muito pouco selênio", disse Daindar Namgvai, inspetor do departamento de recursos hídricos.
O Tibet tem a mais alta incidência da Kaschin-Beck no país, doença causada pela falta de selênio na água. Quase um em cada dez tibetanos sofre desta doença, que incha articulações. Quase 3% da população tibetana perde a capacidade de trabalhar devido à doença.
Famílias tibetanas em áreas rurais não só sofrem da água potável poluída como também estão obrigadas a buscar a água de lugares remotos.
No ano passado, o Tibet realizou 870 projetos de água potável, abrindo 62 poços motorizados e 1.320 poços para uso diário, com um investimento de US$ 29,5 milhões, que forneceram a água potável segura a mais de 300 mil agricultores e pastores.
Algumas organizações internacionais também contribuíram aos projetos de água potável. "Salvar as Crianças", um fundo com sede na Grã-Bretanha, fez doações a 115 projetos, que abastecem com água potável 25 mil pessoas.
O governo central da China declarou que investirá em 180 projetos no Tibet até 2010, cobrindo áreas de construção de infra-estrutura, educação, seguridade social e proteção ambiental para impulsionar o desenvolvimento econômico e social da região.

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