O governo chinês financiará pesquisa científica sobre a medicina tradicional chinesa (MTC) para melhorar padrões e estudar novas aplicações, a fim de ampliar seu mercado no exterior como uma alternativa efetiva aos remédios e produtos químicos ocidentais.

Em um plano de desenvolvimento da MTC, elaborado conjuntamente por 16 ministérios, o governo disse que nos próximos 13 anos concentrará o apoio científico à medicina tradicional já que a MTC poderá se tornar "um grande avanço da inovação chinesa no cenário mundial".

"A ciência pode resolver os principais problemas do desenvolvimento da medicina tradicional nos tempos modernos, complementando as maneiras que vemos e tratamos as doenças", disse o plano.

O documento também estabelece uma meta para ajudar métodos de cura tradicional e medicamentos herbáceos a ganharem um ponto de apoio nos mercados de serviço de saúde no exterior até 2020.

O governo também pretende lançar programas internacionais de pesquisa para a promoção da MTC e estabelecer dois influentes centros de pesquisa sobre a medicina tradicional e centros de intercâmbio de informações.

Durante os últimos cinco anos, o governo investiu US$ 92,5 milhões na pesquisa e desenvolvimento da MTC.

Segundo o plano, o governo central e os governos locais poderão aumentar o financiamento de pesquisa científica da MTC e procurar ativamente investimentos domésticos e estrangeiros.

De acordo com o documento, o governo também tentará estabelecer um melhor sistema de padrões para os tratamentos com MTC, a produção de medicamentos, a pesquisa científica médica e a entrada no mercado.

Muito antes do nascimento da ciência médica moderna, os chineses desenvolveram teorias complexas sobre o tratamento de doenças. Médicos do povo usaram instrumentos simples como agulhas de acupuntura e medicamentos de ingredientes naturais, tais como plantas selvagens e partes de animais.

O primeiro clássico da medicina chinesa -- o Cânon de Medicina do Imperador Amarelo -- data de entre 403 a.C. e 221 a.C.. Fragmentos de vasos antigos dão a entender que os chineses já misturavam ervas para tratamento de doenças há 8.000 anos.