A China registrou uma temperatura média de 9,9 graus Celsius em 2006, o que o torna o ano mais quente do país desde 1951, de acordo com a Administração de Meteorologia da China (AMC).
Nos últimos 50 anos, o aumento da temperatura mais evidente ocorreu no norte e nordeste da China e na Região Autônoma da Mongólia Interior, disseram especialistas do Centro do Clima do Estado, subordinado à AMC.
Em 2006, 13 das 39 observações meteorológicas do país no Planalto Qinghai-Tibet, altamente sensíveis às mudanças de clima, registraram as mais altas temperaturas de todos os tempos, indicaram os especialistas.
Desde 1950, existe uma tendência de aquecimento na maior parte da China, tanto em termos de temperatura média anual como de temperatura no inverno, de acordo com os dados divulgados pela Administração de Meteorologia.
Os meteorologistas disseram que se a temperatura média entre dezembro e o próximo fevereiro ficar em 0,5 grau centígrado mais alto que a do mesmo período das últimas três décadas, o inverno pode ser definido como um inverno quente.
Cientistas acreditam que a emissão de gás carbônico é a maior causa do aquecimento global, que provoca mais doenças e estiagens em alguns lugares e causa desastres climáticos mais freqüentes, como tufões e trovoadas.
A China passou por mais um inverno quente incomum, com a capital chinesa registrando uma temperatura recorde em 160 anos, informou terça-feira o Diário do Povo.
A China registrou uma temperatura média de 2,6 graus Celsius abaixo de zero de 1º de dezembro a 25 de fevereiro, 1,8 graus mais alto que o normal. A temperatura bateu um recorde de 16 graus Celsius em Beijing, em 5 de fevereiro, um novo recorde desde que a cidade iniciou o registro de temperatura em 1840.
A temperatura média na primeira quinzena de janeiro na província de Heilongjiang, nordeste do país, foi a mais alta no período desde 1951.
Um meteorologista do Centro do Clima de Estado disse que o inverno quente tem efeitos negativos sobre a saúde humana e o cultuvo de plantas.
Qin Dahe, diretor da Administração de Meteorologia da China, disse que o inverno quente foi causado pelo aquecimento global.
Emissões de gases de estufa, sobretudo dióxido de carbono, são consideradas amplamente como o principal fator do aquecimento global.
Como o segundo maior emissor de gases de estufa do mundo, depois dos Estados Unidos, a China prometeu melhorar sua eficiência de uso de energia através de estabelecer a meta de reduzir seu consumo de energia em 20% por unidade do produto interno bruto (PIB) entre 2006 e 2010, disse Qin.
No entanto, a China não cumpriu a meta de reduzir o consumo de energia por unidade do PIB em 4% no ano passado.
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