Nos últimos anos, o setor cultural da China vem se desenvolvendo rapidamente, enquanto alguns produtos culturais com características chinesas são aplaudidos no mercado chinês e estrangeiro. Com o desenvolvimento socioeconômico do país, os estrangeiros têm mais oportunidades para apreciar os filmes, livros, espetáculos e shows chineses.

No final do ano passado, Beijing, capital chinesa, realizou a primeira Expo Internacional de Indústria Cultural e Criativa. Vários participantes mostraram seus produtos culturais aos visitantes chineses e estrangeiros, dos quais o grupo cultural de Guzheng (instrumento musical chinês de 21 a 25 cordas) da província de Jilin atraiu vários visitantes. O diretor do grupo da Corporação Cultural de Guzheng, Wang Guangming, disse ao repórter que muitos órgãos estrangeiros de espetáculos têm interesse nas músicas folclóricas chinesas.

"Na qualidade da província de Jilin, o grupo cultural mostra na Expo um dos instrumentos musicais chineses, o Guzheng. Durante o evento, alguns órgãos de espetáculos dos Estados Unidos e da Alemanha nos convidaram para fazer shows naqueles países, além de ensinar a população local a tocar o instrumento."

Sendo um dos mais antigos instrumentos musicais do país, os chineses se apaixonaram pelo Guzheng. Segundo Wang Guangming, alguns anos atrás, a corporação realizou uma série de pesquisas sobre a produção, venda, espetáculo e formação qualificada. Nos últimos anos, os shows do grupo se espalharam por toda a Europa, apresentaram-se na Alemanha, Grã-Bretanha e outros trinta países, além de ensinar os habitantes locais a tocar Guzheng.

Os participantes de Tianjin, cidade do norte da China, trouxeram os instrumentos transformados. O responsável cultural de Tianjin, He Wenmao, afirmou que os Guzhengs transformados resolveram um problema dos tradicionais, ou seja, as escalas não completas, o que despertou atenção especial dos participantes do evento. No primeiro dia da Expo, o grupo assinou as encomendas com um valor superior a 9 milhões de yuans.

Os produtos culturais típicos de Tianjin entraram no mercado estrangeiro ultimamente, como a ópera local, a acrobacia, as pinturas de Yang Liuqing e as esculturas de barro. He disse:

"Sendo obras do artesanato nacional, as pinturas de Yang Liuqing combinam a escultura de madeira com a pintura a mão. Alguns produtos são exportados anualmente ao mercado internacional, ao Japão, Coréia do Sul e sudeste asiático."

A Expo organizada por Beijing já se tornou uma boa plataforma para que a cultura chinesa se encaminhe ao mundo. Além desta medida, outros lugares do país promoveram uma série de políticas e medidas para apoiar o desenvolvimento do setor cultural. Beijing reduziu e isentou os impostos de renda para as empresas criativas e culturais, a fim de ajudá-las a introduzir especialistas estrangeiros. Desde 2006, o município de Beijing destina "verbas especiais para o desenvolvimento do setor criativo e cultural", com um valor de 500 milhões de yuans anualmente, que abragem o espetáculo artístico, publicação, fabricação de filmes e intercâmbios culturais, entre outros.

Atualmente, os produtos culturais chineses são aceitados pelo mercado internacional. O diretor do Instituto de Comércio e Cultura ao Exterior da Universidade de Comunicações da China, Li Huailiang, afirmou:

"Na 58ª Feira Internacional de Livros em Frankfurt da Alemanha, realizada no ano passado, os negócios de livros e direitos autorais atingiram o superávit pela primeira vez, exportando mais de 600 direitos autorais."

Apesar dos progressos de produtos culturais chineses no mercado internacional, sua competitividade ainda não é muito forte. Li Huailiang considerou que os tipos de produtos culturais têm que corresponder aos costumes estrangeiros, às características e regras do mercado internacional.

Li salientou que com crescente elevação da potência da economia chinesa, a cultura chinesa com milhares anos de história atrairá mais estrangeiros. Ele disse:

"A língua chinesa causa furor na arena internacional, enquanto a China estabeleceu alguns institutos para ensinar Confúcio nos países estrangeiros. Com o aumento da consciência internacional, as empresas chinesas envidarão mais esforços na construção econômica."