Segundo previsões de analistas, o setor de peças de reposição da China buscará mais aquisições e fusões com outros países durante os próximos anos, à medida que mais fabricantes observam o exterior.
O Grupo Huaxiang, uma das 500 maiores companhias de peças de reposição do mundo, anunciou no início do mês de dezembro que adquiriu uma subsidiária do terceiro maior fabricante mundial de peças de reposição, Lawrence Automotive Interiors, por 3,4 milhões de libras (US$ 6,69 milhões).
O acordo permite a companhia, com sede em Zhejiang, aproveitar sua tecnologia avançada para a fabricação de chapas de madeira e será fornecedora da General Motors para seus modelos Cadillac, Saab e PSA Peugot Citroen.
"A indústria de peças de reposição na China enfrenta a tendência da globalização", manifestou Chen Qiaoning, analista da companhia TX Investment Consulting Ltd.
O Grupo Wanxiang, maior fabricante nacional de peças de reposição de carros, também está mantendo conversações sobre a intenção de comprar ativos da Ford no setor de peças de reposição, depois de não ter conseguido firmar um acordo com a Delphi no início deste ano.
"Vários fabricantes de peças de reposição da China buscam se converter em fornecedores líderes para marcas estrangeiras", indiciou Guoyan, do Centro de Pesquisa e Tecnologia Automobilística da China.
Cifras da indústria mostram que o volume de comércio automobilístico mundial poderá chegar a US$ 1,2 bilhões no ano de 2010, e US$ 35 mil milhões serão destinados a China para a aquisição de peças de reposição de automóveis.
Segundo as estatísticas da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, durante o período de janeiro a novembro de 2006, a produção de automóveis na China alcançou 6,59 milhões de unidades, um aumento anual de 27,92%, enquanto as vendas cresceram em 25,49%, chegando a 6,45 milhões de unidades.
Um funcionário desta associação previu que as vendas anuais irão superar as 8 milhões de unidades no ano de 2007.
Shen Ningwu, subsecretário geral da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis advertiu que a indústria de peças de reposição deve se centrar na inovação tecnológica, principalmente na redução de custos para obter um desenvolvimento sustentável. Ele acrescentou que deve haver mais produtos com alto valor agregado.
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