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Macrocontrole da economia alcança resultados preliminares em 2006
2007-01-11 16:24:21    cri

O Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês), o banco central chinês, aumentou em 0,5 ponto porcentual a taxa de deposito bancário, para 9%. Foi o terceiro reajuste do ano que, somados, totalizaram 1,5%. As autoridades monetárias também aumentaram duas vezes as taxas de juros. As medidas não têm precedentes.

A economia se mostrou superaquecida durante o primeiro trimestre de 2006. O Produto Interno Bruto (PIB) expandiu-se 10,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Ao longo dos primeiros nove meses do ano, a economia cresceu 10,7%. No ano passado, a eficiência da produção das empresas industriais cresceu significativamente e o ritmo de crescimento do consumo dos habitantes urbanos se manteve estável. A rápida expansão do PIB, entanto, camufla a elevação desenfreada dos empréstimos bancários, o excesso de investimentos em ativos fixos, os desequilíbrios no comércio exterior, a falta de matérias-primas e de energia, além da inflação.

O pesquisador do Instituto de Finanças da Academia de Ciências Sociais da China, Ying Jianfeng afirmou, durante a entrevista que concedeu à Rádio Internacional da China, que as medidas monetárias voltadas à contenção da rápida expansão dos investimentos foram o destaque econômico do ano passado.

"Os bancos comerciais têm motivos para liberarem empréstimos. Essas linhas de crédito são as principais fontes financeiras dos investimentos. Para conter o superaquecimento, o Banco Popular elevou consecutivamente as taxas de depósito bancário e de juros, a fim de sinalizar ao mercado que não permitirá uma expansão desenfreada da economia".

O setor imobiliário é o principal destino dos investimentos em ativos fixos. Desde início de 2006, o valor dos imóveis disparou nas principais cidades chinesas, estimulando os investimentos no segmento e a alta das hipotecas. A elevação dos preços dos imóveis mexeu com a população. Zhang Kexian, residente em Qingdao, cidade costeira da China, gostava de viajar. Porém, teve que abandonar o hábito, pois o valor das prestações comprometeu demais o orçamento familiar.

"Gostava de viajar, junto com meus amigos, para Xi´an, Dalian, Weihai e Beijing, entre outras localidades. Agora, optamos por organizarmos jantares em casa, pois eles são relativamente econômicos".

O comportamento do mercado atraiu a atenção do governo chinês. Os departamentos competentes promulgaram seis políticas de incentivo para ampliar a oferta de pequenos e médios apartamentos, apertaram o cinto dos financiamentos para empreendimentos imobiliários de alto padrão e apostaram na cobrança de impostos sobre a transação de imóveis.

Para os especialistas, ao restringir os investimentos, o governo pretende reajustar a estrutura de oferta do mercado e consolidar o apoio financeiro às pessoas de média e baixa receita.

As medidas deram frutos preliminares. O valor dos empréstimos declinou no terceiro trimestre frente ao idêntico período do ano anterior, atenuando a tendência de superaquecimento. Em julho, a trajetória de alta dos investimentos no setor imobiliário urbano foi interrompida, enquanto o valor dos imóveis nas 70 principais cidades da China permaneceu estável.

Em 2006, o consumo estimulou visivelmente o crescimento econômico do País. Especialmente sob a promulgação das políticas sobre reajuste para cobrança do imposto de renda das pessoas físicas, ampliação do acesso ao sistema de saúde e dos investimentos na educação obrigatória, entre outras políticas, estimulou o consumo no setor de habitação, meios de transporte, telecomunicações, informática, educação etc. O varejo, por exemplo, deverá movimentar US$ 96 trilhões, com uma expansão de 13% frente a 2005.

Segundo o gerente de marketing da empresa automobilística FAW-Tianjin Song Mingjun, os chineses estão ampliando a compra de veículos:

"Muitos assalariados aderiram aos programas de financiamento de veículos populares. Ao mesmo tempo, os clientes rurais, especialmente nas aldeias mais industrializadas, entraram na nossa mira", afirmou

Porém, os investimentos fixos continuam a puxar o crescimento da economia chinesa. Segundo os analistas, os investimentos fixos responderam por 49,9% do crescimento da economia, contra os 35,7% do consumo. Para eles, os chineses contiveram o consumo ante os limites da previdência social.

O governo central, em sua recente conferência nacional financeira, deixou claro que pretende elevar a renda e a capacidade de consumo da população, especialmente dos habitantes rurais, e assistir os desempregados. Ao mesmo tempo, deve ampliar a classe média, consolidar a cobrança do imposto de renda e a supervisão sobre os monopólios. Além disso, o governo deve fomentar o mercado doméstico, diminuindo o papel dos investimentos no crescimento econômico.

O vice-diretor do Instituto da Macro-Economia da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento (NRDC, na sigla em inglês), Ma Xiaohe, disse que o estímulo ao consumo rural e a expansão dos serviços públicos nas zonas rurais constituem a chave da expansão do mercado doméstico:

"A infra-estrutura rural - rede de transportes, abastecimento de água, eletricidade, gás e telecomunicações - ainda não foi completada. A infra-estrutura reduzirá visivelmente o custo de vida nas zonas rurais".

O superávit no comercio exterior é outro problema. Nos primeiros 11 meses de 2006, o saldo totalizou US$ 157 bilhões, enquanto as reservas cambiais ultrapassaram a casa de US$ 1 trilhão, a maior do mundo. O superávit provoca freqüentes litígios comerciais entre a China e seus parceiros, assim como aumenta as pressões sobre a política cambial. Segundo o Ministério das Finanças, nesse ano, o País vai continuar reduzindo as devoluções de impostos sobre as exportações de produtos eletrointensivos. Ao mesmo tempo, investirá mais na capacidade nacional de inovação.

O superaquecimento, no entanto, continua persistindo. A vice-primeira-ministra da China, Wu Yi, no entanto, afirmou no primeiro Diálogo Estratégico Econômico entre a China e os EUA, que nos próximos cinco anos, o governo chinês vai diminuir a interferência direta na distribuição de recursos e na microeconomia e consolidar a prestação de serviços públicos, estabelecendo um sistema de macrocontrole indireto na economia.

 
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