O ano de 2006 marca o 15°aniversário do início do diálogo entre a China e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ANSEA). Dias atrás, os líderes da China e dos dez países membros da ANSEA se reuniram em Nanning, capital da Região Autônoma da Nacionalidade Zhuang de Guangxi. O objetivo foi a elaboração de programas para o desenvolvimento futuro. Ambas as partes decidiram que será criada, em 2010, a zona de livre comércio China-ANSEA. Na coluna Vida Econômica de hoje, vamos falar sobre o rápido desenvolvimento da cooperação bilateral econômica e comercial.

Há 15 anos atrás, a China e a ANSEA iniciaram o diálogo, abrindo uma nova página nas relações bilaterais. Com o melhoramento das condições de transporte e a redução de impostos alfandegários, o volume comercial de mercadorias entre os dois lados aumentou 15 vezes nos últimos 15 anos. A ANSEA já se tornou o quarto maior parceiro comercial da China.
No final do mês passado, na cúpula comemorativa do 15°aniversário do estabelecimento do diálogo entre a China e a ANSEA, a presidente rotativa e das Filipinas, Gloria Macapagal Arroyo, afirmou que a ANSEA e a China intensificaram suas relações, aproveitando a concretização da zona de livre comércio.
"Atualmente, o comércio entre a China e as Filipinas tem tido um rápido crescimento. Esperamos que a China acelere os investimentos na ANSEA. Todos os líderes acolheram a criação da zona de livre comércio, com a finalidade aproximar os dois lados do Estreito de Taiwan".
Em novembro de 2002, foi determinado o estabelecimento da zona de livre comércio entre a China e a ANSEA, que abrange a China, Camboja, Indonésia, Vietnã e outros países, com uma população total de 1,8 bilhão e PIB de US$ 2 trilhões.
Depois da discussão ocorrida durante vários anos, atualmente, a China e a ANSEA chegaram a um acordo sobre o comércio de mercadoria e, também, de um modo para resolver a competição. A partir de julho deste ano, os impostos alfandegários de mais de sete mil espécies de mercadorias estão sendo reduzidos. Até 2010, é previsto que os impostos alfandegários de mais de 90% das mercadorias serão reduzidos à zero. As relações econômicas e comerciais entre a China e a ANSEA estão cada vez mais estreitas, trazendo benefícios práticos para as empresas e consumidores dos dois lados.
Dongxing, cidade da Região Autônoma da Nacionalidade Zhuang, de Guangxi, é situada na fronteira entre a China e o Vietnã e é considerada um importante porto do comércio fronteiriço entre os dois países. O comerciante vietnamita He Wenping administrou seus negócios por mais de dez anos. Atualmente, ele está estudando o mercado mobiliário chinês, a fim de vender móveis de madeira vermelha para a China.
"Quero fazer negócios com os chineses. Eles podem me ajudar a vender os movéis de madeira vermelha no mercado chinês. Além disso, pretendo abrir uma fábrica na China."
Entre janeiro e setembro deste ano, em Dongxing, o volume de exportações e importações chegou a US$ 200 milhões.
Enquanto isso, o volume comercial de produtos mecânicos e eletrônicos, e produtos de alta e nova tecnologia totalizou mais da metade dos negócios entre a China e a ANSEA.
As relações políticas estáveis e o grande mercado de consumo promoveram a cooperação e investimentos. Nos últimos 15 anos, os membros da ANSEA se tornaram importantes investidores estrangeiros na China. Até o final de 2005, os países da ANSEA investiram US$ 38,5 bilhões na China, enquanto as empresas chinesas estabeleceram mais de mil empresas nos dez países da entidade.
A Expo China-ANSEA é uma importante plataforma para impulsionar os investimentos entre os dois lados. Na Expo deste ano, os países membros da ANSEA promoveram diversas políticas preferenciais, a fim de atraírem investimentos das empresas chinesas.
A funcionária executiva do Centro de Investimento e Comércio do Vietnã, Duyoanh, afirmou:
"Criamos especialmente o Centro de Investimento e Comércio, proporcionando informações e serviços às empresas estrangeiras. Os serviços educacionais e comerciais são aplaudidos pelos investidores."
Tudo isso demonstra que ambas as partes estão cada vez mais próximas nos setores de finanças, transporte e exposição. Recentemente, o Banco do Desenvolvimento da China e o Banco do Desenvolvimento do Vietnã realizaram negociações de alto nível, a fim de concretizar a cooperação financeira.
O ministro chinês do Comércio, Bo Xilai, tem muita confiança nas perspectivas da cooperação econômica e comercial entre a China e a ANSEA:
"Nos últimos anos, as relações econômicas e comerciais entre a China e os países membros da ANSEA registraram um rápido desenvolvimento. Prevê-se que a taxa de crescimento de exportações e importações, neste ano atingirá mais de 20%. Até 2010, o volume comercial bilateral chegará a US$ 200 bilhões."
Segundo Bo Xilai, atualmente, o ponto-chave das negociações sobre a zona de livre comércio entre a China e a ANSEA mudou para os setores de comércio de serviços e investimento. O governo chinês se baseará no princípio de igualdade e benefício recíproco, a fim de cumprir o acordo de comércio de mercadorias, chegado pelos dois lados, além de promover as negociações de serviço e investimento, em busca da concretização do acordo o mais cedo possível.
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