Recentemente, especialistas da Comissão de Cooperação Internacional Para Ambiente e Desenvolvimento da China assinalaram que a China está enfrentando grave escassez dos recursos hídricos, por diversos motivos, sobretudo desperdício e poluição, considerados como fatores humanos.
Segundo se informou, na China, o setor agrícola consome grande quantidade de água, cujo volume de consumo representa 67,3% do total do País. Molhar terras com grande quantidade de água é uma das principais maneiras de cultivar terras para os camponeses chineses. O coeficiente da utilização de água para a irrigação agrícola em nosso país é de 0,45, enquanto o dos países desenvolvidos, mais de 0,8.
Além disso, também é muito grave a fuga de água na canalização e no uso diário de água. Segundo dados incompletos oferecidos em 2004 pelo Ministério de Construção, a fuga de água acontece com 25% dos utensílios de água utilizados nas cidades chinesas, de maneira que a fuga anual de água chega a mais de 400 milhões de metros cúbicos.
Especialistas consideraram ser necessário promover energicamente a construção de uma sociedade de poupança aquática, alterar a estrutura da produção agrícola e a tradicional maneira de irrigação e popularizar utensílios de poupança aquática.
Na China, a atual possessão per capita dos recursos hídricos é de 2200 metros cúbicos. Conforme o critério estipulado pela ONU, o país, cuja possessão per capita é inferior a 500 metros cúbicos, é considerado como país escasso de água. Partindo desse sentido, a China ainda não foi incluída na lista dos países escassos de água. Porém, existe em nosso País má distribuição desses recursos. Acontece a possessão per capita inferior a 500 metros cúbicos em algumas zonas do norte, sendo consideradas como zonas gravemente escassas de água.
A grave escassez de água na China vem despertando atenção cada vez maior da Associação Internacional de Hidrogeólogos. O presidente da entidade, Stephen Foster afirmou estar acompanhando atentamente a pressão neste sentido sobre muitos países asiáticos inclusive a China. Ele assinalou que os países asiáticos enfrentarão rigorosos desafios na proteção dos recursos hídricos, como continuidade da irrigação com recursos freáticos e insuficiente utilização dos recursos freáticos nos principais projetos de irrigação.
Na 34ª Conferência Internacional de Hidrogeologia, que se realizou em Outubro deste ano, o famoso hidrogeólogo chinês Zhang Zhongyou exprimiu suas opiniões sobre a proteção dos recursos freáticos e o futuro desenvolvimento sustentável da China.
Zhang afirmou que é desequilibrada a distribuição dos recursos freáticos em todo o país, isto é, no sul mais do que no norte e no leste mais do que no oeste. Regionalmente, os recursos freáticos no norte representam 32,2% da totalidade de todo o país, enquanto os no sul, 67,7%. Por isso, o maior problema consiste no norte e no noroeste.
Ele ainda disse que a irrazoável exploração dos recursos freáticos baixou, em grande superfície, o nível da água subterrânea, assim formando a queda da água subterrânea em forma de funil. Com isso, a água do mar entra na camada de água doce ao longo do litoral e nos sertões, a desertificação se torna cada vez mais grave. O especialista chinês considerou ser necessário explorar e utilizar os recursos freáticos, a par com a proteção dos mesmos. Neste aspecto, o mais importante são fortalecer a renovação tecnológica e utiliza-los da maneira razoável, conforme o tempo.
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