Dentro de dois meses finalizará o período de transição de 5 anos para a China desde seu ingresso na OMC (Organização Mundial de Comércio). Com a abertura total de seu setor financeiro, a chegada em tropel do capital estrangeiro provocará mudanças profundas no sistema de finanças do país e em suas instituições financeiras. Antes de mais nada, a investida cairá sobre os bancos comerciais. Dias atrás, personalidades relacionadas com o setor assinalaram no Fórum de Alto Nível sobre a Reforma e Inovação dos Bancos Comerciais da China que o setor bancário chinês enfrentará novos desafios e provas na postransição.
Depois de 2006, segundo o convénio da OMC, a China levantará todas as restrições sobre os bancos de capital estrangeiro em matéria de formas de criação dos direitos de propriedade e gestão. O sistema de propriedade lhe permitirá proporcionar serviços de operação em renminbi à clientela chinesa e lhes outorgará o tratamento nacional.
Cao Fengqi, diretor do Instituto de Estudo de Valores e Finanças anexo à Universidade de Beijing, disse: Embora se eliminem as restrições de geografia e operação sobre os bancos de capital estrangeiro, estes intensificarão com maiores esforços seu desenvolvimento no mercado chinês. Enquanto isso, os bancos de capital chinês estão dispostos a reduzir a brecha e elevar a competitividade.
Por sua vez, o presidente do Banco da China, Li Lihui afirmou que junto com a abertura total, os bancos chineses enfrentam diretamente a competência dos bancos internacionais de primeira categoria, o que formará uma pressão sobre a inovação duradoura e também se converter numa força de inovação e desenvolvimento para o setor bancário nacional. Por outro lado, opinou que os bancos chineses encararão uma demanda mais diversificada dos clientes e uma situação do mercado mais variado.
O vice-presidente do Banco da Construção, Luo Zhefu exprimiu que frente à pressão, também se deve elevar ainda mais a competitividade dos bancos comerciais, sobretudo, dos de propriedade estatal. Considerou ser preciso intensificar, mediante a inovação ininterrupta, o mecanismo de estímulo e o de restrição relacionados com a inovação financeira, elevar sua capacidade de lucrar sustentável. Portanto, um aprofundamento maior da cooperação com investidores estratégicos internacionais e um melhoramento do ambiente externo da operação dos bancos comerciais também são problemas que urgem resolver.
Todavia, o setor bancário chinês tem muito que fazer em resposta à abertura total. Sem dúvida nenhuma, depois da reforma das ações e cotização em bolsa, os economistas afirmaram que não poucos bancos comerciais já retificaram sua estrutura interna e mecanismo de operação, tiveram mudanças fundamentais em comparação com o passado, estabeleceu o mecanismo de restrição interna no preliminar, elevou sem cessar o nível de gestão e manejo, o nível de controle de riscos e a capacidade competitiva e melhorou notavelmente a qualidade dos ativos.
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