Recentemente, o Conselho de Estado da China deliberou e aprovou de princípio o "Regulamento sobre a Proteção da Grande Muralha", segundo o qual, a China elaborará um programa geral a respeito, para proteger e administrar a Grande Muralha e padronizar rigorosamente o uso dela.
Como um dos patrimónios culturais mais conhecidos no mundo, a Grande Muralha de dois milénios de história, foi classificada em 1987 na lista dos patrimónios culturais do mundo. Porém, por longo tempo, a proteção deste património cultural do mundo não despertou suficiente atenção social. O demasiado uso prejudicou, em certo grau, o panorama original da Grande Muralha.
Segundo o resultado da pesquisa feita pela Sociedade da Grande Muralha da China, a parte bem preservada da Grande Muralha construída durante a dinastia Ming não chega a 20% e as ruínas visíveis dela representam apenas 30%, cuja extensão total não ultrapassa 2500 quilómetros.
O vice-diretor da Sociedade, Dong Yaohui, que participou da elaboração deste regulamento, afirmou que o clamor pela proteção da Grande Muralha na China vem aumentando nos últimos anos, mas devido a sua grande extensão que atravessa 12 províncias, regiões autónomas e municípios centrais, a Grande Muralha deve ser considerada como o maior património histórico do mundo, sendo por isso que os problemas concernentes a ela são muito complicadas. Para elaborar este regulamento, especialistas fizeram várias investigações e experimentações.
Em comparação com a destruição natural, a sabotagem humana magoa-nos ainda mais. Por exemplo, o trecho da Grande Muralha, situado na província de Shanxi, foi construído durante o período dos Reinos Combatentes e a dinastia Qing, com uma extensão de 2500 quilómetros. Porém, a maior parte dele sofreu uma grave estragação. E a parte bem preservada sempre se situa por entre as montanhas estéreis, onde é muito difícil de galgar. Alguns trechos situados perto de rodovias, aldeias ou terras cultivadas, muitos aldeãos levaram diretamente tijolos da antiga Grande Muralha construir suas casas. Na urbanização ou na construção de instalações industriais, agrícolas e de transporte, a destruição é sempre vista.
Em algumas localidades, as ruínas da Grande Muralha são consideradas como meios do desenvolvimento turístico, por exemplo, reconstruir os trechos destruídos, com as mesmas características da dinastia Ming ou da dinastia Qing, sem pensar em fazer investigações e provas científicas, montar lá instalações turísticas e recreativas modernas, como cabos aéreos. Tudo isto prejudica a fisionomia original da Grande Muralha.
Agora, a "Fundação das Antigas Ruínas Mundiais" já definiu a Grande Muralha como um dos 100 patrimónios históricos do mundo à beira de extinção. Perante tal situação, a China está intensificando a legislação para proteger este património histórico do mundo. Proteger a Grande Muralha significa proteger a história de nossa nação.
Segundo informações, o Regulamento sobre a Proteção da Grande Muralha foi elaborado, partindo dos problemas concretos existentes na proteção e administração. Segundo este documento legislativo, para utilizar a Grande Muralha como recursos turísticos, é necessário ter diversas condições, por exemplo, a qualidade e a formalidade administrativa.
O regulamento demonstra que o governo chinês está disposta a intensificar a proteção da Grande Muralha. Antes disso, o governo chinês já adotou uma série de medidas, por exemplo, a Administração Estatal de Relíquias da China iniciou em princípios deste ano um programa de proteção da Grande Muralha, que visa conhecer bem a situação em seu conjunto de toda a Grande Muralha e elaborar um plano para proteger bem este património histórico do mundo, dentre 10 anos.
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