Há seis anos atrás, os ministros encarregados dos assuntos diplomáticos, de comércio exterior, de cooperação internacional ou de assuntos econômicos e sociais da China e dos países africanos, reuniram-se em Beijing para participar da primeira reunião das relações sino-africanas-Fórum de Cooperação Sino-Africana-Conferência Ministerial de 2000 em Beijing.
No encontro, autoridades trocaram opiniões sobre os assuntos internacionais e o relacionamento sino-africano, considerando que esse Fórum é a estrutura dos diálogos coletivos entre a China e a África, baseada na igualdade e no benefício mútuo.
Os participantes da conferência perceberam que continua havendo no mundo graves fatores instáveis e grande diferença de pobreza e riqueza entre o sul e o norte. Além disso, a questão de paz e desenvolvimento ainda não foi resolvida.
Eles reiteraram que o injusto e desigual fenômeno do atual sistema internacional não corresponde à corrente da época de paz e desenvolvimento do mundo, desfavorecendo o desenvolvimento dos países do sul, ameaçando à paz e à segurança internacional. Além disso, os participantes enfatizaram que somente estabelecendo uma nova justa e razoável ordem política e econômica internacional, a democratização das relações internacionais poderia ser concretizada, fazendo com que os países em desenvolvimento pudessem participar eficazmente do processo de decidir as políticas internacionais.
Na primeira reunião China-África, os participantes consideraram que o desarmamento total e a proibição de todas as armas de destruição em massa são muito importantes para salvaguardar a paz e segurança do mundo.
Eles deram atenção à globalização que pode promover a interdependência de diversos países na economia, porém, favorece principalmente aos países industrializados. A globalização é desfavorável sobretudo aos países africanos sub-desenvolvidos na economia, cuja segurança econômica e a sua soberania enfrentam graves desafios.
As autoridades reunidas na ocasião preocuparam-se muito com o fato de alguns países africanos ainda não conseguirem a estabilidade política, econômica e social por intermédio de prolongados esforços. Salientaram que os fatores econômicos e sociais são motivos de conduzir à inestabilidade política africana, sua tensão social e seus conflitos constantes. O alastramento da Aids, malária e tuberculose pulmonar causa ainda - grandes perdas nos países africanos nos recursos humanos e econômicos.
As pesadas dívidas impedem o desenvolvimento dos países africanos, de maneira que a economia africana enfrente uma situação díficil. Naquele encontro, consideraram que a comunidade internacional é responsável por ajudar a África a resolver tal problema.
Eles também admiraram o estável desenvolvimento das relações sino-africanas nas últimas décadas e estiveram confiantes nas perspectivas de cooperação. Enfatizaram que a China e os países africanos pertencem aos países em desenvolvimento. Seus interesses fundamentais são unânimes. A manutenção de estreitas consultas sino-africanas nos assuntos internacionais é de grande importância para consolidar a união entre os países em desenvolvimento e promover ainda mais o estabelecimento de uma nova ordem internacional.
Os participantes consideraram que a cooperação econômica e comercial entre a China e os países africanos pertence às esferas de cooperação sul-sul. A intensificação desta cooperação corresponde aos atuais e prolongados interesses das duas partes. A este respeito, os ministros participantes do evento declararam solenemente na época:
1. Devemos respeitar os propósitos e princípios da "Carta da ONU" e da "Carta da União Africana (UA)", os cinco princípios de coexistência pacífica e outras normas das relações internacionais reconhecidas no mundo.
2. Devemos persistir nos princípios de resolver pacificamente conflitos internacionais.
3. Devemos respeitar e fortalecer o papel primordial do Conselho de Segurança da ONU na defesa da paz e segurança internacional e promover ativamente as reformas das Nações Unidas e das instituições financeiras internacionais.
4. Consideramos que os princípios de universalidade e a liberdade básica dos direitos humanos devem ser respeitados enquanto a diversidade do mundo e os princípios de procurar os pontos de vista comuns mantendo as opiniões diferentes devem ser salvaguardados e desenvolvidos.
5. Os princípios de benefício recíproco e de cooperação e o desenvolvimento conjunto devem ser promovidos.
6. Acolhemos a intensificação de cooperação sub-regional dos países africanos, os esforços de consolidar ainda mais a união africana mediante a fundação da União Africana e as medidas adotadas pela comunidade internacional e organizações internacionais para apoiar os países africanos. Conclamamos as diversas partes envolvidas a dedicarem-se à união, à paz e ao desenvolvimento do Continente Africano, a resolver adequadamente as disputas; apreciamos o ativo papel desempenhado pela União Africana, outras organizações das regiões concernentes e da sub-região na solução dos conflitos africanos; exigimos que a comunidade internacional, em especial, a ONU preste especial atenção à solução dos conflitos africanos e adote todas as necessárias medidas incluindo a elaboração eficaz do programa de manutenção de paz.
7. Admiramos as lutas dos países africanos e da comunidade internacional contra a Aids, malária e outras doenças contagiosas e seus esforços feitos para eliminar a pobreza, bem como ações adotadas.
Concordamos com esforços conjuntos para fortalecer a coopeção na área anti-terrorista, de modo a eliminar o terrorismo de diversas formas.
8. Acolhemos os esforços de alguns países com renda média para isentar dívidas oficiais dos países africanos e ações iniciativas adotadas por outros contribuintes; apreciamos o plano aplicado para atenuar as dívidas dos países africanos e eliminar a pobreza; consideramos que tal plano foi elaborado quando a ajuda ao desenvolvimento não-oficial chegou ao nível mais baixo na história; enfatizamos que ao isentar as dívidas africanas ou ao dispor de novo dívidas africanas, não deve-se acrescentar condições políticas, nem deve-se tomar a redução da ajuda ao desenvolvimento oficial como o custo; conclamamos veementemente as instituições financeiras internacionais e os países credores a dar passos ainda maiores na isenção das dívidas dos países sub-desenvolvidos africanos e dos países com média renda; acolhemos as medidas adotadas pela China e suas contribuições como um dos países em desenvolvimento para isentar as dívidas dos países africanos.
9. Decidimos consolidar e desenvolver ainda mais a cooperação sino-africana em diferentes terrenos, a fim de estabelecer as novas e prolongadas relações estáveis de parceria de igualdade e benefício mútuo dentro da estrutura de cooperação sul-sul.
10. Decidimos promover a cooperação nos domínios econômico, comercial, financeiro, agrícola, científico, tecnológico, cultural, educacional, de saúde, exploração dos recursos humanos, transporte, meio-ambiente e turismo, com a finalidade de impulsionar o desenvolvimento conjunto sino-africano.
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