O primeiro-ministro da Guiné Bissau, Aristides Gomes assinalou, no dia 17, que a próxima cúpula do Fórum sobre a Cooperação China-África (FCCA) em Beijing injetará nova vitalidade na cooperação entre a África e a China.
Numa entrevista à imprensa, Gomes disse que a China obteve grandes êxitos, desde a aplicação da política de reforma e abertura em fins da década de 70 do século passado e afirmou que a África deve aprender das experiências chinesa e de seu modelo de desenvolvimento para evitar ser marginada no processo de globalização.
Tal declaração foi feita pelo primeiro-ministro da Guiné Bissau, às vésperas da cúpula do FCCA en Beijing, cuja realização está prevista entre dias 3 e 5 de Novembro, como a reunião de alto nível de maior envergadura entre líderes chineses e africanos, desde que ambas as partes se comprometeram a fortalecer a cooperação na década de 50 do século passado.
Cerca de 30 chefes de estado e governo da África e seus homólogos chineses assistirão à conferência, na qual será traçado um plano da futura cooperação sino-africana, depois de ter tido uma frutífera e satisfatória relação durante 50 anos.
A cúpula é uma boa oportunidade para que a África adquira um profundo entendimento da estratégia administrativa do governo chinês e da política africana, assim como uma oportunidade para que os líderes africanos discutam sobre a estratégia do desenvolvimento do continente, assinalou o premier da Guiné Bissau.
Ele disse que a cooperação entre a China e a África tem sido um fator positivo em suas relações bilaterais. "Gradualmente, a China se converterá no inversor com o maior potencial no continente africano", afirmou. "E ajudará a África a alcançar a meta do milénio."
Sobre relações diplomáticas entre os dois países, Gomes salientou que a China se converteu num parceiro estratégico da Guiné Bissau e esperou que a cooperação bilateral prospere, seja cada vez mais ativa, eficaz e frutífera."
As relações bilaterais se desenvolvem com rapidez e a cooperação se traduz com resultados estimulantes, desde que os dois países estabeleceram relações diplomáticas em 1998, disse ele.
Gomes ainda disse que a China concedeu generosos programas de assistência à Guiné Bissau, sem impor previamente condição política alguma, pelo que a Guiné Bissau não considera que existe nenhum problema na cooperação entre as duas partes.
Nesta atual situação, ele concluiu que a Guiné Bissau e a China devem sondar o modo de cooperação favorável a ambas as partes e abrir uma nova página para a diplomacia entre os dois países.
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