Na 34ª Conferência Internacional de Hidrogeologia recém-realizada em Beijing, o famoso hidrogeólogo chinês Zhang Zhongyou, o presidente da Associação Internacional de Hidrogeólogos, Stephen Foster, o alto funcionário da FAO, Jacob Burke e o hidrogeólogo do Banco Mundial, Karin Kemper exprimiram suas opiniões sobre a proteção dos recursos freáticos e o futuro desenvolvimento sustentável da China.
Conforme recente avaliação sobre os recursos freáticos da China, um terço dos recursos freáticos de todo o país, sobretudo do norte do país, está sendo piorado, enquanto os do sul do país continuam sendo estáveis.
Sobre isto, o hidrogeólogo chinês Zhang Zhongyou afirmou que é desequilibrada a distribuição dos recursos freáticos em todo o país, isto que dizer, no sul mais do que no norte e no leste mais do que no oeste. Regionalmente, os recursos freáticos no norte representam 32,2% da totalidade de todo o país, enquanto os no sul, 67,7%. Por isso, o maior problema consiste no norte e no noroeste.
Ele assinalou que a atual possessão per capita dos recursos hídricos da China é 2200 metros cúbicos. Conforme o critério estipulado pela ONU, o país, cuja possessão per capita é inferior a 500 metros cúbicos, é considerado como país escasso de água. Partindo desse sentido, a China ainda não foi incluída na lista dos países escassos de água. Porém, ele considerou que existe má distribuição desses recursos na China. Acontece a possessão per capita inferior a 500 metros cúbicos em algumas zonas do norte, sendo consideradas como zonas gravemente escassas de água.
A grave escassez de água na China vem despertando atenção cada vez maior da Associação Internacional de Hidrogeólogos. O presidente da entidade, Stephen Foster afirmou estar acompanhando atentamente a pressão neste sentido sobre muitos países asiáticos inclusive a China. Ele assinalou que os países asiáticos enfrentarão rigorosos desafios na proteção dos recursos hídricos, como continuidade da irrigação com recursos freáticos e insuficiente utilização dos recursos freáticos nos principais projetos de irrigação.
Atualmente, em todo o mundo, 1,5 a 2 bilhões de habitantes vivem dos recursos freáticos. Em mais de 400 cidades chinesas, mais de 30% da água consumida vêm dos lençóis freáticos. E em algumas cidades nortistas, tal proporção chega a 80%. O abuso da exploração dos recursos freáticos em algumas zonas conduziu a uma série de desastres geológicos, causando graves prejuízos à economia nacional e ao ambiente social e natural.
Zhang Zhongyou ainda disse que a irrazoável exploração dos recursos freáticos baixou, em grande superfície, o nível da água subterrânea, assim formando a queda da água subterrânea em forma de funil. Com isso, a água do mar entra na camada de água doce ao longo do litoral e nos sertões, a desertificação se torna cada vez mais grave. Ele considerou ser necessário explorar e utilizar os recursos freáticos, a par com a proteção dos mesmos. Neste aspecto, o mais importante são fortalecer a renovação tecnológica e utiliza-los da maneira razoável, conforme o tempo.
O presidente da Associação Internacional de Hidrogeólogos, Stephen Foster disse que em primeiro lugar, há que construir a "consciência do público", pois isto é sumamente importante para a proteção e utilização científica dos recursos freáticos. Ele ainda afirmou que antes de fazer isto, é necessário em primeiro lugar levar em consideração uma série de problemas sociais, económicos, jurídicos e estruturais.
O hidrogeólogo do Banco Mundial, Karin Kemper manifestou que sem torneira como água encanada, é difícil controlar a utilização dos recursos freáticos, sendo por isso sumamente importante fortalecer a supervisão dos recursos freáticos. Ele propôs ao governo chinês desempenhar um papel mais positivo na proteçao dos recursos freáticos, inclusive construção de instalações de infra-estrutura urbanas, elaboração da política agrícola e prevenção da poluição industrial e agrícola.
Zhang Zhongyou considerou que atualmente, existe grave desperdício dos recursos freáticos utilizados no campo chinês. Ele propôs a melhoria do modo de irrigação agrícola no campo chinês e a adoção de medidas avançadas, como a irrigação de goteamento (gotejamento) utilizada em Israel.
Quanto a isto, o alto funcionário da FAO, Jacob Burke considerou que isto é um problema comum existente em todo o mundo. Ele disse que a irrigação agrícola com recursos freáticos provoca grande desperdício dos recursos de água doce no campo, o que vai agravar ainda mais a escassez dos recursos hídricos.
O hidrogeólogo chinês Zhang Zhongyou disse que esta conferência internacional proporcionou uma importante plataforma para nosso País aprender de experiências avançadas de outros países e elevar o nível administrativo dos recursos freáticos.
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