A Feira de Artigos Exportados da China, de 50 anos de existência e que até o momento, só tem mostrado produtos chineses, transformará seu nome e se converter á na Feira de Artigos Importados e Exportados da China, a partir de sua próxima edição.
A incorporação de negócios de importação à feira reflete um reajuste da forma do desenvolvimento económico da China, que tem insistido na expanção das exportações durante mais de duas décadas, disseram especialistas.
"A feira também se converterá numa importante plataforma para que as importações chinesas se equilibrem com as exportações", disse Zhang Yansheng, diretor do Instituto de Investigação Económica Internacional da Comissão Estatal de Desenvolvimento e Reforma.
Zhang afirmou que a transformação do nome simboliza que a economia chinesa está sofrendo uma transformação, no sentido de que a exportação está orientada por uma nova forma, na qual a importação e a exportação terão igual importância.
Outros especialistas crêem que a transformação do novo também é uma manifestação do conceito de "de desenvolvimento amplo, coordenado e sustentável", mantido pelo governo chinês.
A política económica orientada pela exportação desde a década de 80 tem tomado como resultado um superávit comercial e reserva de divisas enormes.
Nos primeiros nove meses, a China obteve um superávit comercial de 109 bilhões e 850 milhões de dólares americanos, superando a quantidade de todo o ano de 2005.
Em fins de Setembro, a reserva de divisas da China era de 987 bilhões e 930 milhões de dólares americanos, superando a do Japão para converter-se no maior do mundo.
Mei Xinyu, investigador da Academia de Cooperação Comercial e Económica Internacional da China crê que estes problemas poderiam conduzir a um desequilíbrio da macroeconomia. Transformar o nome da feira é uma ação oportuna para refletir o reajuste da política", disse ele.
A feira, também conhecida como Feira de Guangzhou, foi iniciada em 1957 quando a Nova China necessitava de divisas para comprar equipamentos e materiais industriais de outros países.
A feira, um evento semestral realizado na primavera e outono em Guangzhou, recebeu mais de 3,8 milhões de empresários e registrou um volume de negócios de exportação total de 538 bilhões e 800 milhões de dólares americanos.
Esta vez, a transformação foi feita pela globalização económica. A China realiza o comércio com Maios de 220 países e regiões do mundo. "A China está seguindo um modelo de ganha-ganha com seus sócios comerciais", disse Zhang Xiaode, professor da Escona Nacional de Administração.
Para 2008, será concluído um complexo de salas de exibições com um total de 800 mil metros quadrados e os negócios terão maior espaço para mostrar seus produtos.
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