O governo chinês intensificará a cooperação com a ONU na prevenção e tratamento de Aids, assinalou recentemente a vice-presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da China, He Luli.
He fez tal declaração num encontro com Peter Piot, diretor executivo do Programa Conjunto da ONU sobre VIH/AIDS (UNAIDS, siglas em inglês).
He disse que o governo chinês tem prestado grande atenção à cooperação com a UNAIDS e espera que a enfermidade possa ser controlada mediante o trabalho do Programa.
Por sua vez, Piot indicou que a UNAIDS continuará apoiando o trabalho de prevenção de Aids e esperou intensificar a cooperação com a China na prevenção do mal, assim como no tratamento e assistência aos pacientes.
China informou seu primeiro caso de Aids em 1985. As autoridades estimam que 650 mil chineses são portadores do VIH, que incluem 75 mil enfermos de Aids.
O governo já promulgou muitas políticas e medidas para a prevenção e tratamento de Aids. Em Fevereiro, o Conselho de Estado publicou uma série de normativas detalhadas sobre esta enfermidade, proibindo a discriminação e estabelecendo que os governos locais tratem os pacientes, da forma gratuita.
No ano passado, o governo central destinou 800 milhões de yuans (101 milhões de dólares americanos) à prevenção e tratamento de Aids e os governo slocais investiram 400 milhões de yuans (50 milhões de dólares) na tarefa.
Cada dia no ano passado, uma média de 192 pessoas se converteram em novos portadores do VIH na China, mas só 8% foi registrado pelas autoridades sanitárias, segundo fontes da Aliança Chinesa da Saúde.
"Só 25% dos portadores do VIH se apresentam positivos nos teste do VIH e 8% foi registrados nos departamentos sanitários locais", de acordo com a mesma fonte.
Para lutar eficazmente contra a enfermidade, as autoridades sanitárias não só necessitam de aplicar tratamentos efetivos, assim como dados confiáveis e adequados mecanismos de informação.
Uns 160 mil portadores de VIH passaram pelo teste de VIH na China, dos quais 50 mil foram registrados nas instituições médicas, as quais mantêm contatos com os pacientes e os pedem que recibam tratamento médico, assinalou Wu Zunyou, diretor do Centro de Controle e Prevenção de VIH/AIDS.
A Aliança Chinesa da Saúde, recém-iniciada pelo Fórum Económico Mundial é uma coalizão entre governos, empresas e organizações não governamentais para lutar contra a crescente ameaça de VIH/AIDS.
As estatísticas oficiais mostram que na atualidade, há cerca de 650 mil portadores de VIH na China, dos quais 75 mil estão enfermos com Aids.
Por exemplo, na província de Yunnan, sudoeste da China.
O número de portadores de VIH duplicará em 2010 para alcançar mais de 160 mil, segundo o Centro Provincial de Prevenção e Controle de Enfermidades.
Até fins de 2005, Yunnan, província próxima ao chamado "Triângulo de Ouro", registrou mais de 40 mil casos de infecção dessa fatal enfermidade, 28% do total do País, que corresponde a 140 mil casos.
Especialistas sanitários advertiram que a enfermidade já não se limita aos grupos de alto risco, como os trabalhadores sexuais e os homossexuais, para difundir-se entre a população comum.
Segundo eles, na atualidade, o vírus se contagia mais através de contatos sexuais do que com a injeção intravenosa de drogas. A proporção entre as mulheres e os homens com Aids subiu de 1 por 10 em princípios da década de 90 para 1 por 2,2 em 2005.
Perante tal situação, a China começou a implementar mais projetos de prevenção para cobrir todos os grupos de alto risco e oferecer tratamento médico aos portadores e enfermos de VIH.
Durante a visita na província de Guizhou, o diretor executivo do Programa Conjunto da ONU sobre VIH, Peter Piot disse: "Para alcançar esta meta, o governo central e os governos provinciais têm que incrementa fundos e mobilizar mais cidadãos, incluídos os que se apresentam positivos no teste de VIH, os meios de comunicação, os departamentos governamentais e as empresas a participarem na luta contra Aids.
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