O novo sistema médico cooperativo das zonas rurais cobre 396 milhões de camponeses chineses, cerca de 44,7% da população rural, anunciou recentemente o Ministério de Saúde.
Em fins de junho, 1399 comarcas já aplicaram o novo sistema médico cooperativo rural, o que supõe 48,9% dos distritos.
Além disso, já foi introduzido o sistema de forma experimental em 678 distritos até final do ano passado.
Todos os distritos em Beijing, Shanghai, Jiangsu, Zhejiang e Guangdong já se associaram ao sistema, afirmou o porta-voz do Ministério, Mao Qun´na.
Para a maioria dos camponeses chineses, não é fácil encontrar uma clínica bem equipada e com baixos custos, porque a quantidade de investimentos em instalações médicas nas zonas rurais é muito inferior à das cidades.
Os elevados custos dos serviços médicos têm limitado os agricultores a receberem tratamentos apropriados. Segundo o Ministério de Saúde Pública, um terço dos enfermos rurais com dificuldades econômicas optam por repousar em casa em vez de ir ao hospital, e 45% dos camponeses hospitalizados solicitam alta antes da recuperação.
O governo chinês começou a incrementar investimentos na assistência médica nas zonas rurais quando a SARS (síndrome respiratória aguda severa) açoitou o país em 2003.
As autoridades centrais decidiram, então, dobrar o subsídio governamental, 20 yuans (2,5 dólares) per capita, oferecida aos camponeses participantes do sistema médico cooperativo rural.
Com a nova política, um camponês deposita anualmente 10 yuans (1,25 dólares) em sua conta pessoal do sistema médico e o governo o subsidia outros 40 yuans (5 dólares). O governo pagará até um máximo de 65% de seus gastos médicos, anualmente.
O subsídio deste ano oferecido pelo governo central chegará a 4 bilhões e 230 milhões de yuans (529 milhões de dólares).
O governo também prometeu investir mais de 20 bilhões de yuans (2 bilhões e 500 milhões de dólares) nos próximos cinco anos para a restauração de hospitais rurais e a renovação de seus equipamentos.
Para 2010, a China renovará 22 mil clínicas em aldeias, 1700 hospitais de nível distrital e 950 institutos de ginecologia e obstetrícia e de assistência médica para crianças.
Este ano, o Ministério de Saúde Pública está planejando a formação de 500 mil trabalhadores médicos nos distritos pilotos e enviar 3900 médicos urbanos a trabalharem no campo.
O novo sistema médico cooperativo rural alcançará 80% dos distritos rurais chineses para o ano de 2008.
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