Os chineses não conheciam bem o Golfo Beibu, situado no sudoeste da China. Mas, a cooperação econômica entre a China e a ANSA promoveu o desenvolvimento do Golfo Beibu.
O Golfo Beibu se situa entre a China e o Vietnã. Ele agrega a Ilha de Hainan e a costa da Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi, além da Malásia, Indonésia e outros quatro países da ANSA. A região vem ganhando notoriedade com o impulsionamento do processo de formação da Zona de Livre Comércio China-ANSA.
Dias atrás, o primeiro fórum de cooperação econômica do Golfo Beibu foi realizado em Nanning, capital da Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi, para discutir a cooperação regional. O evento contou com a participação de 160 representantes de governo, especialistas e empresários, procedentes da Indonésia, Malásia, China e outros países. O fórum deu a conhecer uma declaração presidencial, segundo a qual, considerado como o laço entre a China e a ANSA, o Golfo estreitará a cooperação nos domínios de transporte, indústria, comércio e investimento, a fim de promover o rápido desenvolvimento regional.
Ao ser entrevistado pela reportagem da CRI, o vice-presidente do Banco de Desenvolvimento da Ásia, Van Der Linden afirmou que seu banco tem bastante interesse sobre a construção de infra-estrutura na região.
"A cooperação econômica do Golfo Beibu tem boas perspectivas. O Banco de Desenvolvimento Asiático (ADB, na sigla em inglês) investiu na construção da rodovia entre Nanning e a fronteira com o Vietnã que beneficiará o desenvolvimento de Guangxi e os intercâmbios entre a China e o Vietnã. O banco está disposto a investir em estradas ou portos, a fim de promover o desenvolvimento da região".
Linden afirmou que a obra de 180 km foi liberada em novembro do ano passado, tornando-se a primeira rodovia a integrar a China aos países da ANSA. Mas, ela abriu um caminho internacional para a região do sudeste asiático.
Segundo dados estatísticos alfandegárias, a rodovia Nanyou elevou em 38% a circulação de mercadorias na região na comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo o recorde histórico. A responsável da alfândega local, Chen Xiaoying, assinalou ao repórter que nunca encontrava frutas tailandesas no mercado. Esta situação mudou.
"As frutas eram transportadas por barcos da Tailândia. A rodovia reduziu o tempo de transporte de sete para cinco dias".
A rodovia Nanyou se tornou a chave do comércio terrestre entre a China e a ANSA. O vice-presidente da Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi, Chen Wu, afirmou que Guangxi se dedicará à construção de novos meios de comunicação entre os dois lados.
"Temos um projeto: Linhas ferroviárias e estradas vão interligar Bancoc, Kuala Lumpur, Singapura, construindo uma grande via entre Nanning e Singapura que beneficiará o desenvolvimento dos países vizinhos."
Além do transporte terrestre, a construção de portos se desenvolveu rapidamente. O volume de carga e descarga do porto Zhenjiang de Guangdong atingirá 55 milhões de toneladas neste ano. O Vietnã está construindo os portos de Xigong e Haifang. Segundo a previsão, nos próximos três anos, o volume de carga e descarga de portos na região do Golfo chegará a 200 milhões de toneladas, construindo uma rede comercial.
A cooperação econômica da região do golfo tem as vantagens, especialmente os ricos recursos turísticos. Dias atrás, a China e nove cidades do Vietnã assinaram a "declaração de cooperação turística no ciclo turístico do Golfo Beibu", abrindo espaço para o setor turístico.
O vice-diretor do Gabinete de Desenvolvimento do Oeste do Conselho de Estado chinês, Cao Yushu, considerou que o desenvolvimento econômico da região tem um importante significado para o desenvolvimento do Oeste do país.
"É única saída para o mar do Oeste, cujo atraso econômico se deve ao distanciamento do litoral. Os custos do transporte são muito altos. A infra-estrutura portuária e rodoviária é cada vez melhor em Guangxi. Por isso, os avanços do Golfo Beibu beneficiarão o desenvolvimento do Oeste."
Para especialistas, a cooperação econômica da região do golfo desempenhará um grande papel na qualidade de rota marítima, a fim de impulsionar o comércio e investimento entre a China e os países da ANSA.
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