Recentemente, o diretor do Escritório de Ajuda aos Pobres do Conselho de Estado, Liu Jian revelou que conforme o critério da renda anual per capita de 85 dólares americanos, a população absolutamente pobre no campo chinês caiu de 125 milhões em 1985 para 23,65 milhões em 2005, com uma diminuição de 100 milhões nos últimos 20 anos.

Num seminário internacional a respeito, realizado em Hohahot, capital da Mongólia Interior da China, ele disse que nos últimos cinco anos, 2004 e 2005 foram um período significante para o desempobrecimento empreendido pela China. E este ano, o governo central destinou um vultoso fundo especial para este fim, no valor total de 13,4 bilhões de yuans e destinará mais verbas nos próximos anos.

Por longo tempo, o governo chinês tem se dedicado ao desempobrecimento e à melhoria da vida dos camponeses. Particularmente em meados da década de 80 do século passado, o governo chinês criou um departamento especial para o desempobrecimento, com o objetivo de organizar e desenvolver, na escala nacional, diversas atividades de grande envergadura.

Segundo recentes dados, até fins de 2005, nos 592 distritos de todo o país, mais necessitados da ajuda estatal, 97% das aldeias estão interligadas por rodovias, 95,8% das aldeias estão ligadas à rede eléctrica, 70% têm água potável, 73% podem usar o telefone e 87,6% podem assistir à televisão.

Mesmo com tantos êxitos obtidos neste sentido, a China ainda enfrenta uma situação muito séria. Em primeiro lugar, a população absolutamente pobre ainda é muito grande. Até fins de 2005, era de 23,65 milhões, enquanto a população rural com subsistência básica, mas sem renda estável, era de 40,67 milhões. Eles vivem nas zonas com péssimas condições da produção e vida, grave escassez dos recursos humanos e falta do apoio financeiro, constituindo o maior desafio para a China neste trabalho.

Em segundo lugar, é o aumento do custo da ajuda aos pobres, o que nos obriga a desacelerar o trabalho. Na década de 80 do século passado, a população pobre rural de todo o país foi reduzida em 13,5 milhões; na década de 90, 5,3 milhões e entre 2002 e 2005, apenas 1,4 milhão.

Em terceiro lugar, a delicadeza das comunidades pobres se torna cada vez mais destacada e a diferença entre a renda e as causas sociais se torna cada vez maior. Nos 13 anos transcorridos, tal diferença passou de 1:2,45 para 1:4,76. E os serviços sociais das zonas pobres, como nos setores de educação, higiene e seguridade social, têm estado inferior às zonas desenvolvidas.

Durante o "11º programa quinquenal", a China adotará mais medidas para o desempobrecimento, cujo objetivo é resolver, em primeiro lugar, a subsistência básica da população pobre nas zonas rurais e depois, aumentar a sua renda. Conforme as exigências da construção do novo campo socialista, a China aplicará um programa destinado à ajuda aos pobres em 148 mil aldeias pobres.

Eliminar a pobreza e concretizar o enriquecimento comum são o objetivo da luta árdua de nosso Partido. Ele assinalou que depois da fundação da Nova China, sobretudo desde a aplicação da reforma e abertura, o governo central mobilizou todas as forças sociais para realizar atividades de ajuda aos pobres, conseguindo livrar 230 milhões de chineses da pobreza. Seus grandes êxitos são mundialmente reconhecidos.

Quanto a isto, em recente entrevista com uma delegação proveniente da província de Shanxi, o membro do Comité Permanente do Birô Político do Comité Central do Partido Comunista da China e presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Jia Qinglin exorta todo o povo chinês a desenvolver a boa virtude tradicional da nação chinesa e observar a lei da economia de mercado socialista.

Segundo se informou, quanto à "recompensa ecológica", a Assembléia Popular Nacional, o Ministério de Finanças e a Administração Estatal de Proteção Ambiental, junto com outros departamentos concernentes, estão intensificando o estudo. Prevê-se que no final deste ano será lançado os regulamentos a respeito.