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China pretende resolver demasiada exploração na fonte dos três rios com recompensa ecológica
2006-08-10 09:50:25    cri

Dia 24 de julho pela manhã, a jovem tibetana Zuoma, junto com suas duas irmãs mais velhas, tomava sol diante de um templo. Todas elas usavam grandes máscaras que cobriam quase todo seu rosto. Alí se chama "Vale Yeniugou", situado 400 quilômetros do sudoeste da cidade de Xining, província de Qinghai.

"Usamos essas máscaras porque o vento de areia daqui é muito forte", ela disse à reportagem. "Quando pequena, o vento de areia não era tanto como agora e os montes eram cobertos de verde. Mas agora, tudo é deserto."

O vale se situa na faixa central da Reserva Natural da Fonte dos Três Rios e, próximo a ele, fica o Pico Bayankela, de 5267 metros de altura acima do nível do mar.

Historicamente, na zona da fonte, situada a 4460 metros de altura acima do nível do mar, os recursos hídricos eram abundantes. Os caudais dos Rios Yangtsé, Amarelo e Langcang, respectivamente 25%, 49% e 15%, vêm daquele zona, considerada a "Torre dágua da China".

Porém, nos últimos anos, por motivos naturais e humanos, vem acontecendo a deterioração do ambiente ecológico, com a qual a fonte dos rios se tornou uma das zonas mais desertificadas do oeste do país. Devido à diminuição dos glaciais e lagos, muitos lugares são afetados pela carência dos recursos hídricos.

No segundo semestre de 2005, os departamentos concernentes aos recursos hídricos, proteção ambiental, agricultura, pecuária, silvicultura e meteorologia da província de Qinghai, organizaram um grupo de monitoramento ecológico, fazendo profundas investigações na fonte dos três rios. O resultado das investigações surpreendeu.

Segundo dados preliminares, a superfície desertificada na fonte chegou a 25 mil hectares. Além disso, a área de erosão anualmente chega a aumentar 2,1 mil hectares. O volume anual de areias transportadas pelos Rios Amarelo e Yangtsé na província de Qinghai, chega respectivamente a 88,14 e 12,32 milhões de toneladas.

"Estamos muito preocupados com o ambiente ecológico na fonte dos três rios", disse à imprensa o vice-governador da província de Qinghai. Ele considerou que a tendência a deterioração do ambiente ecológico na fonte não apenas afeta o desenvolvimento sustentável sócio-econômico da zona, mas também ameaça a produção agrícola e a segurança da vida do povo nos cursos médios e inferiores daqueles três rios.

Ding Xianghai é o sub-diretor da Administração de Proteção Ambiental da Silvicultura do Zhou Yushu. Com um relatório sobre o ambiente ecológico da fonte na mão, disse à reportagem que não compreende muito os problemas ecológicos surgidos alí.

"Em toda aquela região, aconteceu uma degradação em diferentes graus com 90% das pastagens. Só no Zhou Yushu, a área degradada chega a 51,98 milhões de hectares, número este representando 29,74% das suas pastagens."

Segundo Ding, a sabotagem natural e humana é o principal motivo da degradação ecológica na zona da fonte dos três rios.

A mudança climática de todo o globo, sobretudo o El Niño, é o fator natural que causa os problemas ecológicos. Em comparação com a década de 80, a temperatura em Yushu subiu de 0,2 a 0,4 graus. Ding afirmou que ainda há alguns fatores humanos que destroem o ambiente ecológico, como demasiada pastoreação e desbravamento.

O funcionário da Associação de Proteção Ambiental da Fonte dos Três Rios, Zhaxiduoji, afirmou que as medidas adotadas para este fim na região se referem à devolução de terras cultivadas às pastagens e florestas e proibição da pastoreação e emigração na zona. Mas ele não concorda com isto, considerando que a separação dos residentes locais com o ambiente natural é o meio mais eficaz para proteger o ambiente ecológico da fonte dos três rios.

Segundo o 11º programa quinquenal, o Estado tratará, neste período, 9,38 milhões de hectares na Reserva Natural da Fonte dos Três Rios por diversos meios: como fechar e ampliar seus pântanos, diminuir a pastoreação, manter a fonte d'água e prevenir a degradação das pastagens.

Durante a entrevista à imprensa, o vice-presidente do Zhou Autônomo da Nacionalidade Tibetana de Yushu, da província de Qinghai, Jia Yingzhong, disse: "Fazemos a proteção ecológica às custas da construção econômica. Quanto melhor protegermos, melhores serão as condições para o desenvolvimento nos cursos inferiores, por isso deverá haver uma recompensa".

Segundo se informou, quanto à "recompensa ecológica", a Assembléia Popular Nacional, o Ministério de Finanças e a Administração Estatal de Proteção Ambiental, junto com outros departamentos concernentes, estão intensificando o estudo. Prevê-se que no final deste ano será lançado os regulamentos a respeito.

No dia 27 de julho, a Comissão de Cooperação Internacional do Ambiente e Desenvolvimento da China promoveu nesta capital um seminário, com a participação de famosos especialistas chineses e estrangeiros. O presidente da parte chinesa, Li Wenhua, revelou que já tinha entregue vários relatórios sobre a recompensa ecológica à Administração Estatal de Proteção Ambiental.

 
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