Dia 31 de julho, a Comissão Estatal de Desenvolvimento e Reforma divulgou um relatório, prevendo que no segundo semestre deste ano, o aumento da renda dos camponeses chineses continuará desacelerado, de maneira que a renda entre os residentes urbanos e rurais se torne ainda mais diferenciada. Devido a isso, a Comissão manifestou que a China adotará mais medidas para aumentar a renda dos camponeses.
Segundo se informou, no primeiro semestre deste ano, a renda per capita dos habitantes rurais chineses foi de 1797 yuans (225 dólares), com aumento de 11,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. Mas a velocidade desse crescimento baixou em 0,6%, também em comparação com o ano anterior, o que já despertou atenção do governo.
O relatório divulgado pela Comissão, intitulado "análise e proposta sobre emprego, renda e seguridade social", demonstrou que os estudantes formados em escolas superiores e a transferência da mão de obra rural já se tornaram trabalhos árduos, enquanto as pressões sobre os camponeses e os residentes urbanos de baixo renda continuarão aumentando.
O relatório diz que no primeiro semestre do ano, nas cidades e vilas de todo o país, houve um acréscimo de 6,08 milhões de empregos, cifra este correspondendo a 67% da meta de nove milhões previstos para todo o ano. Enquanto isso, o índice de desemprego nas cidades e vilas foi de 4,2%, mesmo nível em fins do ano passado.
Mesmo assim, a pressão por empregos continua sendo muito grande, sobretudo quanto aos estudantes recém formados das escolas superiores e a transferência da mão de obra rural. Segundo o relatório, quanto aos graduados, a necessidade social fica visivelmente por atrás do aumento da envergadura.
Por outro lado, segundo dados oferecidos pelo Ministério da Agricultura, o número de trabalhadores rurais que saíram do campo no primeiro semestre do ano atingiu 114,23 milhões, com aumento de seis milhões em comparação com o final do ano passado. Porém, o relatório alega que tal tendência não continuará.
O relatório da Comissão Estatal de Desenvolvimento e Reforma considera que a queda dos preços de cereais e carne e a contínua subida dos meios de produção agrícola dificultarão o aumento da renda dos camponeses no segundo semestre do ano.
Recentemente, o Comitê Central do PCCh promoveu uma palestra com personalidades não partidárias sobre a reforma do sistema de renda e a padronização do critério de renda. Isto significa que as autoridades centrais iniciarão tal importante reforma.
Especialistas consideram que a reforma do atual sistema de renda consiste principalmente em seguir o caminho de mercatilização, para retribuir o poder da distribuição dos recursos ao mercado.
Nos últimos anos, a diferenciação entre os ricos e pobres se torna um dos focos da atenção social. Alguns especialistas consideram que na diferença de renda, a China já fica entre os países mais graves do mundo. E a ampliação acelerada de tal diferença constitui um problema premente para a construção da sociedade harmoniosa. Eles ainda consideram que existem oito aspectos irrazoáveis na distribuição da renda, entre os quais, a diferença demasiada entre as cidades e o campo chama maior atenção social.
Em recente entrevista à imprensa, o vice-ministro chinês da Agricultura, Ying Chengjie, para diminuir a diferença entre as cidades e o campo, disse que há de persistir em desenvolver a produtividade rural, colocar em uma importante posição a agricultura moderna, estabilizar o desenvolvimento da produção cerealífera, aumentar constantemente a renda dos camponeses e buscar um modelo mais eficiente para a construção do novo campo.
O presidente da Comissão de Supervisão Bancária, Tang Shuangning, assinalou, em fórum realizado no dia 29 de julho, sobre a ajuda monetária ao campo que, como um dos três maiores bancos estatais, o Banco de Desenvolvimento Agrícola da China deve continuar ampliando e fortalecendo seus serviços à agricultura. Este ano, o banco emitirá, no total, créditos preferenciais de 220 bilhões de yuans (cerca de 28 bilhões de dólares).
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