O diretor do Departamento da Cooperação Econômica do Ministério do Comércio da China, Zhao Chuang, afirmou que a China ainda é uma grande fonte de investimentos no exterior. Por isso, salienta, as empresas nacionais não ameaçam as empresas nativas dos países que estão recebendo seus investimentos.
Tal afirmação foi feita na 2ª edição do Fórum de Investimentos da Ásia Oriental, realizada em Huihai, cidade do norte da China. Zhao disse que segundo as normas internacionais, a proporção entre o capital estrangeiro utilizado e os investimentos no exterior ainda não chegou ao nível comum dos países em desenvolvimento, internacionalmente reconhecido.
Segundo as normas internacionais, a proporção dos países desenvolvidos deve variar entre 1:1,2 e 1:1,4. E o nível comum dos países em desenvolvimento deve chegar a 1:0,19. Na realidade, os investimentos diretos estrangeiros (ied) na China chegaram a 60,5 bilhões de dólares, enquanto os investimentos chineses no exterior se aproximaram dos US$ 7 bilhões.
Nos últimos anos, as aquisições internacionais das grandes corporações chinesas atraíram as atenções dos analistas econômicos. Zhao Chuanmg disse que isto não significa que a China é uma grande fonte de investimentos no exterior e não constitui uma ameaça a qualquer país ou empresa estrangeira.
Segundo informações, desde o início da aplicação da política de reforma e abertura até fins do ano passado, os investimentos chineses no exterior totalizavam US$ 51,7 bilhões. A cifra equivale à soma de investimentos anuais da Alemanha e da França. Em 2005, as empresas chinesas investiram US$ 6,92 bilhões no exterior, enquanto o fluxo de capital internacional ultrapassou a casa de US$ 860 bilhões.
Zhao considera que os investimentos chineses no exterior passaram da fase inicial para a fase de rápido desenvolvimento.
Segundo dados, entre 2001 e 2005, o índice de crescimento anual de investimentos diretos no exterior da China foi respectivamente 26%, 25%,110%,78% e 80%. Isto comprova que os investimentos chineses no exterior estão em fase de estável e rápido desenvolvimento, durante a qual a China se tornará uma grande fonte de investimentos. Mas, será necessário mais uma década para que isto aconteça.
Zhao avalia que em 2015, o PIB da China se aproximará de 4 trilhões de dólares e a renda per capita ultrapassará a meta de 3 mil dólares. A China, então, se tornará uma grande investidora, amparada num determinado número de empresas transnacionais. Atualmente, a China possui pouco mais de uma dezena de empresas entre as 500 empresas mais poderosas do mundo. Porém, após 10 ou 20 anos de esforço, as empresas chinesas poderão ocupar entre 30 e 50 postos. Ele manifestou a convicção de que os investimentos chineses no exterior, sobretudo nos países vizinhos, trarão mais oportunidades comerciais para diversas empresas do mundo.
Empresas chinesas querem ajuda do governo quando aplicam investimentos no exterior
O Instituto de Pesquisa do Ministério do Comércio da China divulgou, no dia 19 de julho, o resultado de uma pesquisa, demonstrando que quase metade das empresas de investimentos no exterior querem obter a ajuda financeira do governo, para ampliar o poder de competitividade internacional.
Os departamentos concernentes do Ministério do Comércio fizeram uma pesquisa entre 411 empresas chinesas de investimento no exterior. Cerca de 18,9% das empresas entrevistadas desejam que o governo simplifique os procedimentos para os investimentos no exterior e captação de capital; 14,1% querem obter empréstimos das sucursais no exterior dos bancos chineses e 12,1% desejam que o governo relaxe o controle do capital, para concretizar o câmbio livre do renminbi.
Para facilitar aos investidores chineses e promover a execução eficaz da política de investimentos no exterior, a Administração Estatal de Divisas da China decidiu cancelar as limitações impostas ao envio de quotas de divisas para investimentos no exterior.
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