No dia 1º de julho, a União Européia (UE) decidiu executar coercivamente a Diretiva sobre Restrição de Substâncias Nocivas (RoHS). Trata-se de mais uma diretiva com forte impacto às empresas eletro-eletrônicas da China, depois da diretiva WEEE (Waste from Electrical and Electronic Equipament / Equipamentos eletro-eletrônicos desperdiçados) da entidade, que entrou em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2006, com o objetivo de tratar da "Reciclagem de Produtos Eletro-Eletrônicos".
Para o setor eletro-eletrônico da China, a diretiva Rohs é algo positivo, mas, ao mesmo tempo, também negativo. Razão pela qual elevará o padrão de acesso dos produtos chineses e favorecerá a transformação do setor. Enquanto isso, com tal diretiva, o custo aumentaria, o que restringirá, em certo grau, o desenvolvimento e exportação das empresas chinesas.
Na realidade, a diretiva Rohs não é a primeira a formar um impacto no setor eletro-eletrônico da China. Antes disso, a WEEE da UE entrava em vigor com o objetivo de tratar da reciclagem de produtos eletro-eletrônicos.
De fato, tal diretiva não visa levar sua ponta-de-lança às empresas chinesas, mas sim deve ser executada na esfera global, inclusive empresas e produtos do território europeu. Os produtos utilizados e vendidos na Europa estão submetidos a tal diretiva.
Um especialista chinês neste ramo considerou que, com aumento do custo das empresas de exportação, as duas diretivas da UE diminuirão, possivelmente, em 30% a 50% a exportação de eletrodomésticos chineses à UE. Segundo especialistas concernentes previram, o valor dos eletrodomésticos chineses diretamente afetados por estas duas diretivas ultrapassará 30 bilhões de dólares americanos, cifra esta representando 70% dos produtos eletromecânicos exportados à Europa. Segundo cálculos preliminares, com tal diretiva, o custo de cada ar condicionado chinês exportado à Europa subirá de 15 a 20 dólares americanos.
Atualmente, dos eletrodomésticos chineses exportados, um terço é vendido na Europa, enquanto 25% do mercado europeu do gênero são produtos chineses. A responsável do Centro de Pesquisas do Meio Ambiente e Política Econômica da Administração Estatal de Proteção Ambiental, Guo Dongmei, afirmou que com a execução de tal diretiva, o custo da produção aumentará, enquanto sua competitividade no mercado internacional baixará. Com a elevação do padrão de acesso ao mercado da UE e o levantamento da barreira comercial, será inevitável reduzir a exportação de tais produtos chineses.
Especialistas do setor chinês assinalaram que as duas diretivas da UE trarão, inevitavelmente, uma enorme transformação na cadeia industrial de eletrodomésticos, o que causará possivelmente a falência de algumas empresas chinesas e a reorganização da estrutura do mercado chinês. Tal impacto ao desenvolvimento do setor não pode ser subestimado. As empresas nacionais devem enfrentá-lo com prudência.
Muitos especialistas chineses consideraram que a melhor maneira de enfrentar a diretiva Rohs é controlar efetivamente os fornecedores em montante desde sua fonte.
Segundo se informou, muitas empresas chinesas estão acelerando o processo de transformação que exige o não uso do chumbo, e assinaram novos acordos de fornecimento com os "fornecedores da matéria-prima em montante". Assim, evitando seis espécies da substâncias nocivas desde sua "fonte". O que parece agradar é que o governo chinês também acelerou a elaboração das medidas quanto as duas diretivas da UE. Recentemente, a China lançou à luz dois regulamentos, um sobre a reciclagem dos eletrodomésticos e outro sobre o tratamento de poluição dos produtos eletrônicos.
Quanto a isso, o responsável do Departamento de Funcionamento Econômico do Ministério da Indústria Informática da China, Huang Jianzhong, disse claramente que o lançamento dos dois regulamentos chineses constitui uma reação ante a barreira tecnológica levantada pela UE.
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