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Por que o superávit do comércio exterior da China chegou a uma nova altura?
2006-07-27 18:22:31    cri

Fazendo um balanço sobre a economia chinesa em meados do ano, se encontra o superávit do comércio exterior como tema quente. Segundo estatísticas levantadas pela autoridade alfandegária chinesa, na primeira metade deste ano, o valor total das importações e exportações de todo o país foi de 800 bilhões de dólares americanos, com um superávit de 61,4 bilhões em seu favor, o que supõe um incremento de 55% em relação com o mesmo período do ano anterior, criando um novo recorde histórico.

Muitos especialistas consideram que o superávit de todo ano de 2006 poderá superar os 101,2 bilhões de dólares americanos, registrados no ano passado.

As exportações da China mantêm seu alto crescimento por cinco anos consecutivos, com um impulso enérgico, em certa medida, fora do previsto. O que chama atenção particular sobre isso é o superávit do comércio exterior. Depois de romper a barreira de 100 bilhões de dólares em 2005, o superávit do comércio exterior da China na primeira metade do ano continuou sendo de magnitude relativamente grande. Esse superávit recrudesce fricções comerciais e incrementa a pressão para a valorização de renminbi, moeda chinesa, acarretando a si mesma efeitos negativos para o funcionamento econômico do país e seu reajuste macroeconômico.

Depois do ingresso da China na OMC (Organização Mundial do Comércio), as importações e as exportações do país aumentaram em grande escala. Portanto, em geral, o comércio exterior está equilibrado. O superávit do comércio exterior começou a incrementar desde o ano passado. Ao julgar pelos fatores convencionais, deve-se principalmente às demandas exteriores relativamente significativas. A ele se agrega a febre internacional em matéria de deslocação de indústrias, estimulando o rápido desenvolvimento das exportações da China. Ao mesmo tempo, incrementa-se a substituição de produtos importados por produtos nacionais, e a entrada da matéria prima no mercado internacional incita o impulso de importações.

Ao julgar pelos fatores particulares, a China entrou num novo ciclo de crescimento econômico, e os investimentos em bens fixos, no primeiro semestre deste ano, voltaram a aumentar significativamente. Além disso, manifestam-se mais evidentes as contradições derivadas do atraso relativo do consumo. "Grandes investimentos e baixo consumo" exercem inevitavelmente pressões para as exportações e particularmente as indústrias manufatureiras dependem particularmente das exportações. A sobrante capacidade de produção continua impulsionando as exportações e reduzindo o atrativo de importações. Por outro lado, os setores que antes constituíam o gargalo, relaxam quanto a situação de seu abastecimento, o que contribui para a debilitação das importações.

Evidentemente, o incremento do superávit do comércio exterior da China não é o resultado de sua nova política de estímulo para as exportações nem de seu protecionismo para restringir as importações, mas sim do desequilíbrio da estrutura interna de sua economia. As experiências dos países desenvolvidos demonstram que o reajuste do desequilíbrio da estrutura econômica não é uma tarefa que pode ser cumprida de um dia para outro. Neste processo, é inevitável encontrar-se com o problema de desequilíbrio comercial. Até agora, o Japão e a Alemanha continuam enfrentando a problemática do grande superávit comercial. Em relação com o desequilíbrio comercial e as fricções comerciais, deve-se, por um lado, prestar grande atenção, esforçar-se para obter um equilíbrio fundamental e, ainda, tratá-los com a calma habitual. Já que o superávit supõe uma porcentagem relativamente pequena no valor global do comércio exterior da China, parece que não é necessário focá-los em forma excessivamente sensível.

Na realidade, em 2006, já foram observadas variantes na configuração do comércio exterior da China, caracterizada por "grandes exportações e reduzidas importações". O ritmo de crescimento de exportações está baixando com rapidez, enquanto o ritmo de importações aumenta em certa medida, diminuindo assim o incremento do superávit comercial. Segundo cálculos dos departamentos pertinentes, como resultado da valorização do renminbi em pequena margem, o ritmo de incremento de exportação desde o segundo semestre do ano passado até agora baixa em cerca de 3%. O ritmo de crescimento das importações passou de ao menos 20% das exportações do mesmo período do ano passado, para uns 4%. Neste ano, o desenvolvimento do comércio exterior da China está num processo de reajuste. Se não diminuir-se o ritmo das importações na atualidade, acontecerá, possivelmente no segundo semestre, uma redução do superávit do comércio exterior.

Na arena internacional, há quem sustente ser necessário superar o superávit comercial da China por meio da valorização do renminbi em grande medida. Ao persistir na reforma prevista do mecanismo da taxa de câmbio do renminbi e melhorar progressivamente sua configuração, o objetivo final não será resolver o problema de curto prazo do desequilíbrio comercial, mas, sim, aprofundar a reforma em frente à mercantilização dos setores econômicos e financeiros em suas relações com o exterior. Dessa forma, criando-se condições institucionais mais favoráveis à incorporação da China na globalização. A valorização do yen japonês é uma lição profunda que alerta no sentido da valorização unilateral da moeda nacional, não só não contribuindo ao equilíbrio comercial, mas, sim, impactando seriamente na economia.

Para obter o equilíbrio comercial, o caminho mais eficiente é acelerar a mudança das modalidades do crescimento do comércio exterior, optimizar a estrutura de exportações, forjar marcas de propriedade própria e elevar a competitividade das empresas nacionais na arena internacional. Além disso, é necessário reajustar, a passos seguros, as políticas e medidas concernentes, inclusive esforços para incrementar as importações, assegurar o crescimento sustentável do comércio exterior e o desenvolvimento macroeconômico em forma serena.

 
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