No começo de julho, um chamado "informe das Nações Unidas" que diz que o veloz desenvolvimento econômico da China compromete os interesses dos países periféricos pobres, foi amplamente difundido devido a especulações com motivos ocultos do jornal americano The Wall Street Journal, Kyodo News Service, do Japão, e outros meios de comunicação de ultramar. Com as descrições de uma parte dos meios de comunicação estrangeiros, parece que a "teoria de ameaça chinesa" tende a esquentar.
Em comparação com o passado, o que pregoa a nova versão da "teoria de ameaça chinesa" não só alega que a rápida emergência da China constitui uma grande ameaça latente para os Estados Unidos, Japão e outros países desenvolvidos, mas orienta a ponta da lança contra as relações entre a China e os países periféricos, afirmando que os preços dos produtos chineses baixaram, de maneira artificial, assentando duros golpes aos países pobres que dependem muito das indústrias de mão de obra intensiva.
Neste chamado "informe das Nações Unidas", o rápido desenvolvimento econômico da China foi descrito como um "delito".
Sob a configuração da globalização econômica, a competição comercial entre a China e os países e regiões periféricos é uma realidade: Devido ao carácter convergente da estrutura dos produtos de exportação da China com os produtos dos países vizinhos periféricos, é fácil a formação de relações de competição direta. Ao julgar pela lei universal do fluxo do capital, este sempre vai onde logre máximos lucros. Sob a garantia do custo da mão de obra, todos os investimentos podem optar por empresas melhor administradas, por um melhor ambiente de investimento e por regiões com mais políticas preferenciais.
O problema reside em que nenhum país pode atribuir seu desfavorável desenvolvimento econômico ao desenvolvimento de outros países. Sobre a globalização, os países pequenos e médios vêm se marginalizando. Não se trata de um problema que possa ser esclarecido com poucas palavras.
Além disso, o aumento da força econômica da China desempenha um papel de impulso e proteção para os países e regiões periféricos. Isto já foi comprovado por cifras. Segundo estatísticas de AFP, durante o período de 1990 a 2003, a taxa anual de crescimento econômico da região Ásia-Pacífico, em média, foi de 7,6%, e a da Ásia Meridional de 5,4%, ambas porcentagens superiores a 2,7% da América Latina e 3,2% do Oriente Médio. Pode-se dizer que a economia regional da Ásia está em uma órbita de rápido desenvolvimento.
Os dados recentemente publicados na website oficial do Ministério de Comércio da China, também demonstram que o volume comercial entre a China e não poucos países periféricos - está em rápido crescimento. A magnitude de deficit comercial da Tailândia e Indonésia com a China está diminuindo, de maneira que se apresenta uma situação de ganha-ganha. Desde o início do ano, a taxa de aumento da indústria têxtil de Bangladesh superou a da China, o que demonstra que é infundada a acusação contra a China, no sentido de ter arrebatado pedidos da mão de obra de alguns países menores.
No última edição da revista trimensal "Estudo Estratégico", Zafar, investigador de alto nível do Instituto de Estudo Estratégico do Paquistão, descreve da seguinte maneira a influência positiva da economia chinesa sobre a região: "Falando sobre benefícios efetivos, refere-se a que as mercadorias chinesas, de boa qualidade e qualidade inferior, possam enriquecer as bolsas de compra dos consumidores e ajudar a aliviar a pobreza de diversos países. Falando sobre a oportunidade, refere-se aos países aproveitarem a força de impulso do crescimento econômico chinês para impulsionar o desenvolvimento econômico de suas próprias nações".
A ajuda chinesa a muitos outros países e regiões asiáticas também está aumentando. De olho na ajuda a outros países e regiões em desenvolvimento, a China estabeleceu especialmente o Centro Chinês de Ajuda Internacional aos Necessitados. Esta instituição, que colabora com as Nações Unidas, começará este ano a capacitar mais de três mil funcionários provenientes da África e outras regiões.
O mais incompreensível é que, por um lado, os Estados Unidos e alguns países europeus criticam incessantemente a China, dizendo que devido ao seu rápido desenvolvimento, sua enorme demanda de matérias primas e materiais conduziu a uma contínua subida dos preços e que os produtos chineses com preços mais altos entraram massivamente em diversos países do mundo, particularmente nos países desenvolvidos, agravando a inflação nestes lugares.
Por outro lado, estes países desenvolvidos censuram a China, afirmando que essa baixa injusta nos preços de seus produtos de exportação e a entrada massiva dos produtos chineses de baixo custo trouxeram um impacto forte aos países vizinhos, o que significa que os produtos de exportação da China conduziram a indícios de deflação nos países vizinhos.
Levar a inflação aos países desenvolvidos e, ao mesmo tempo, levar a deflação aos países subdesenvolvidos: será que a China tem realmente uma capacidade tão grande? Na realidade, trata-se de uma manifestação do hegemonismo econômico. Algumas personalidades estão preocupadas pela crescente força econômica da China, temendo que essa ameace sua posição econômica internacional, razão pela qual aplicam um duplo critério sobre a China e intentam meter cisões entre a China e os países periféricos. Ao mesmo tempo, a história sobre a "excessiva subestimação do valor do renminbi"(moeda chinesa) é usada para atiçar o fogo.
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