Na reforma do câmbio de divisas, a China não deve prestar atenção só à flutuação do nível da taxa de câmbio, mas também dar maior importância à flexibilidade do mecanismo do gênero para enfrentar a mobilidade excessivamente suficiente.
Tal afirmação foi feita por Ba Shusong, sub-diretor do Instituto de Investigação Financeira do Centro de Estudo de Desenvolvimento, subordinado ao Conselho de Estado da China, em seu artigo publicado no dia 7 deste mês, na edição de ultramar do Diário do Povo de Beijing.
"Antes da manifestação de suficiente mobilidade causada pela excessiva emissão do dólar para elevar a capacidade de enfrentar essa mobilidade, é necessário realizar uma flutuação mais flexível deste tipo de câmbio, neutralizar a pressão de especulação e estabilizar a revalorização prevista, em vez de prestar importância só à flutuação do nível da taxa de câmbio", ele disse.
Para tratar a pressão especulativa, o efeito de um sistema mais flexível do tipo de câmbio será mais notável que o do sistema do tipo de câmbio fixo e o do sistema de taxa de câmbio menos flutuante. Com o espaço relativamente pequeno de flutuação e a veemente expectativa da revalorização, é possível que se forme a tendência unilateral do tipo de câmbio. Sem dúvida nenhuma, num espaço relativamente grande da flutuação, existirá a tendência em ambos sentidos, o que causará certa pressão e risco aos fundos especulativos, sendo mais arriscadas a colocação e evasão dos fundos, freando, assim, a operação especulativa promovida pela forte expectativa, segundo o economista Bao Shusong.
Em consideração a resolução do desequilíbrio da estrutura econômica e da diminuição das reservas de divisas, é necessário acelerar a reforma da taxa de câmbio. Pode-se considerar o tipo de câmbio como o preço entre os departamentos comerciais e os não comerciais.
Com o nível relativamente menos flutuante do tipo de câmbio e as medidas preferenciais, os departamentos de produtos comerciais ocupam mais recursos no processo de desenvolvimento econômico, e os departamentos de produtos não comerciais, tais como os departamentos de serviços, sofrem a pressão. Isto dará origem a um desequilíbrio da balança de pagamentos e uma errônea distribuição de moedas, assim como o prejuízo do nível de bem-estar dos habitantes chineses. A elevação do nível da flexibilidade do tipo de câmbio promoverá o desenvolvimento do setor de serviços, am pliando a demanda interior e melhorando a estrutura industrial.
Ele ainda disse que, além disso, a China deve impulsionar ainda mais a reforma do sitema de administração das divisas. O atual sistema ajuda a aumentar a pressão de revalorização da moeda chinesa. Isto se reflete no mecanismo que facilita à introdução de fundos e dificulta a exportação dos mesmos. Isto aumenta a pressão administrativa de divisas e a revalorização do renminbi, moeda chinesa.
É necessário converter o atual sistema de administração das divisas num relativamente neutro, segundo o qual, se executariam restrições correspondentes à importação de capital estrangeiro, ao mesmo tempo que afrouxar o controle pertinente da exportação do capital. Por exemplo, as empresas e habitantes chineses devem gozar de maior liberdade em usar divisas. Os habitantes chineses também devem usar as moedas estrangeiras por diversos canais, convertendo a prática de "depositar as divisas no tesouro do país" na de "depositá-las nas mãos dos habitantes", ele afirmou.
A China deve fomentar mais ativamente a cooperação monetária internacional. O problema da excessiva mobilidade constitui uma expressão concreta do desequilíbrio econômico global. Nestas circunstâncias, a resolução do problema da excessiva mobilidade na China não apenas requer seu próprio reajuste, assim como o estabelecimento do mecanismo internacional de cooperação e coordenação monetárias. Sob o sistema monetário internacional com o dólar como a principal moeda, os países asiáticos devem acelerar a cooperação monetária e fazer todo o possível para aliviar a influência negativa causada pela demasiada flutuação do tipo de câmbio da moeda norte-americana, sobre o estável incremento econômico dos países asiáticos e a circulação do capital.
Segundo a proposta do economista, a China pode impulsionar a cooperação, em certo grau, na região asiática, com uma influência relativamente forte para evitar o risco causado pelo desequilíbrio da balança de pagamentos no mundo. Também se pode colaborar no mecanismo de coordenação na intervenção do mercado de divisas e no mecanismo de estabilidade das moedas dos diversos países para aliviar a pressão do capital especulativo.
O economista Ba Shusong, sub-diretor do Instituto de Investigação Financeira do Centro de Estudo de Desenvolvimento, afirmou que os Estados Unidos, o maior país econômico do mundo, não deve pretender exclusivamente seu próprio objetivo econômico na política monetária, mas também assumir a responsabilidade por resolver o problema do desequilíbrio econômico global e acelerar sua própria reforma e reajuste para aliviar a contradição mundial nessa área.
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