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China quer ser "verde"
2006-07-20 08:50:40    cri

Em 2005, um artigo estampado no jornal The New York Times, com o título "China: uma luz no sombrio desaparecimento de bosques no mundo", citou Mette L. Wilkie, funcionária silvícola da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). No depoimento, ela disse que a "Ásia perdeu cerca de 3 mil milhas quadradas de bosques desde a década de 90, mas que tem ganhado quase 4 mil anualmente desde 2000. Essa mudança se deve à nova política florestal da China", esclareceu Mette.

O artigo concluiu dizendo que com a semeadura extensiva de árvores, a China recuperou, em certo sentido, parte da superfície florestal perdida.

Na China, os bosques mais importantes são propriedades do Estado, enquanto as terras montanhosas são propriedade coletiva das aldeias locais. Nos últimos anos, algumas aldeias montanhosas têm promovido a política de reforma estatal, entregando em usufruto seus bosques e terras montanhosas aos aldeãos, como maneira de promover o reflorestamento. Em junho de 2003, a província de Fujian, sul da China, se converteu na primeira do país a formalizar esta prática, a fim de fazer a reforma operacional da estrutura silvícola.

Desde então, a reforma começou a estender-se a outras regiões do país. Han Jinlai é um dos arrendatários na Aldeia Nanweishi, subúrbios da Cidade de Laiwu, província de Shangdong. Orgulhoso, explicou os verdes nas montanhas de novo, dizendo que "desde que começou a reforma, foram plantados meio milhão de árvores ao seu redor. Antes eram totalmente estéreis", disse ele.

Han afirmou que desde 2001, foram tratadas mais de 900 hectares de terras montanhosas, onde foram plantadas 560 mil árvores, entre os quais, pessegueiros, albaricoques, tamareiras, nogueiras e castanheiros, considerados como "árvores do dinheiro". Elas trazem mais de 100 mil yuans anualmente, resultando, ao mesmo tempo, em um bosque ecológico que, certo dia, segundo o plano ambicioso de Han, será parte de um complexo turístico.

Além disso, o governo local proporcionou a Han subsídios para construir seus bosques ecológicos, treinamento gratuito e algumas sementes sem custo adicional. Como se sabe, a silvicultura não é uma indústria que traz benefícios imediatos.

Com a reforma da estrutura operacional dos bosques, os donos das granjas locais estão interessados em investir na semeadura. São muitos aqueles que, como Han Jinlai, pretendem buscar a fortuna nas montanhas.

O pinheiro coreano (pinus koraiensis) é uma das espécies de madeira mais valiosas do mundo. Cerca de 60% dos bosques desta espécie se encontram na China, sobretudo nas Montanhas Xing´na Menores, cidade de Yichun, província de Heilongjiang, nordeste do país. Yichun nasceu como resultado do desenvolvimento da indústria silvícola. Há 16 granjas estatais nesta cidade de 30 mil quilômetros quadrados, que sustenta a indústria nacional da construção de madeira, inclusive o pinheiro coreano.

Em 2003, o departamento de silvicultura da cidade de Taoshan, da mesma província, começou a arrecadar as terras arborizadas de propriedade estatal. Até o momento, foram contratados quase 80 mil hectares. Este ano, Xu Changsi, um contratista, conseguiu somar 33 hectares de bosques comerciais na Granja Silvícola de Shenshu, durante 70 anos.

Arrendar as terras arborizadas aos silvicultores implica um ganho total, pois é necessário estabelecer os deveres e direitos dos trabalhadores e garantir eficiência. Porém, ainda existem alguns problemas. Por exemplo, quando a granja silvícola é pequena, maiores serão os riscos de negócios e custo de operação e mais difícil de lidar com investimentos.

Este ano, a China terá um plano para ampliar a reforma de sua estrutura operacional silvícola em todo o país, como partes das suas ambiciosas metas ecológicas para antes de 2010.

Estas metas incluem aumentar a taxa de cobertura de bosques no país em 20%, e a sua reserva silvícola para 13,2 bilhões de metros quadrados, proteger 50% das terras húmidas e 90% de suas espécies botânicas e animais selvagens, ampliar o valor de produção da indústria florestal para 1,2 bilhões de yuans, a produção comercial de madeira para 99,8 milhões de metros cúbicos, o índice de produção de madeira de bosques artificiais para 70% e o índice integral do uso da madeira para 70%.

Prevê-se que, com isso, haverá em todo o país um sadio ecossistema silvícola e uma indústria florestal desenvolvida. Em poucas palavras, "a China se revestirá de verde".

 
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