O Banco Mundial (BM) anunciou recentemente a aprovação dos projetos destinados à ajuda à China na eliminação de três contaminantes orgânicos persistentes (COP), com o financimaneto no valor de 32,7 milhões de dólares americanos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente.
O governo chinês já adotou medidas urgentes para eliminar os principais COPs por seu impacto sobre a saúde dos seres humanos e o meio ambiente, segundo uma declaração publicada pelo BM.
De acordo com a institução internacional, os COPs surgem como uma das maiores ameaças ao meio ambiente, que causam danos neurológicos, desordens imunitárias, câncer e outros numerosos problemas da saúde.
"Os COPs persistem no meio ambiente durante muitos anos, viajam longas distâncias e se acumulam na cadeia trófica, causando danos não só nos lugares onde foram produzidos ou usados, mas também em todo o planeta", assinalou a Instituição Financeira.
Durante os últimos seis meses, o governo concluiu os preparativos dos dois primeiros projetos de eliminação.
O primeiro, denominado Projeto de Gestão e Eliminação de Bifenil Policlorado (PCB, sigla em inglês), foi aprovado pela Junta Diretiva do Banco Mundial em dezembro do ano passado, como medida piloto de ações institucionais para a eliminação do PCB na província chinesa de Zhejiang.
O PCB é utilizado amplamente em equipes elétricas e é responsável por uma importante contaminação em seu lugar de armazenagem. O projeto trata de mostrar medidas destinadas à proteção do meio ambiente, assim como garantir o acesso por meios econômicos de eliminação do PCB, segundo o BM.
O custo total do projeto ultrapassará 35 milhões de dólares americanos, dos quais mais da metade foram oferecidos pela China, mesmo que a Itália, Japão e Estados Unidos colaborassem com 2,02 milhões de dólares americanos.
O segundo projeto, Alternativas ao Clordano e Mirex em Projeto de Controle de Térmitas, foi aprovado pelo Banco Mundial na mesma semana, para eliminar o uso dos praguicidas altamente tóxicos.
Este projeto, o primeiro deste tipo a cargo do FMAM, ajudará a China a evitar o uso de 15 mil quilos de clordano e mirex, cerrar as grandes indústrias de produção dessas praguicidas e adaptar modernos métodos de controle de térmitas, baseados na gestão integral de pragas.
O projeto custará 27,7 milhões de dólares americanos, dos quais cerca de 50% serão entregues pela China.
Os projetos supõem a base do programa de eliminação de COPs da China, para adptar-se à Convenção de Estocolmo.
Helen Chan, coordenadora do Bando Mundial para o programa de COP no Sudeste Asiático e Pacífico, afirmou que os projetos inauguram um novo caminho para testar as medidas institucionais e rubricar a efetividades dos novos métodos.
"Haverá úteis lições para a completa eliminação de PCB, clordano e mirex não só na China, mas também em outros países signatários da Convenção de Estocolmo, que enfrentam desafios semelhantes", afirmou Chan.
Na atualidade, o governo chinês está elaborando um plano nacional para eliminar os 12 COPs designados pela Convenção de Estocolmo, em vigor desde maio de 2004, com a assinatura de 151 países.
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