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A proteção ambiental no processo de construção da ferrovia Qinghai-Tibet
2006-06-30 09:59:29    cri

A Ferrovia Qinghai-Tibet entrará em funcionamento a partir do dia primeiro de julho. A obra, destinada a chegar ao Teto do Mundo, possui 1.956 quilômetros e chama a atenção do planeta desde o início de sua construção. A fragilidade ambiental do planalto Qinghai-Tibet foi um dos maiores desafios impostos aos planejadores da obra.

O lago "Cuona" é um dos exemplos do complexo e frágil ecossistema da região. Com uma superfície de 300 quilômetros quadrados, é o habitat natural para várias espécies de animais selvagens protegidos pelo governo central, entre elas a grua de colo preto, o cisne, o pato selvagem e o antílope tibetano. Para proteger as águas do lago, os planejadores da obra apostaram na construção de uma frente de proteção de 20 quilômetros que consumiu aproximadamente 100 mil sacos de areias. O técnico responsável pelo projeto, Yan Peizun, frisou:

- Construímos um muro de contenção para proteger as águas do lago.

Yuan expôs que o Cuona é típico lago do planalto por se situar a 4.600 metros de altitude. Sua fauna e flora, contudo, enfrentam baixas temperaturas, assim como estão sujeitas aos curtos períodos de crescimento. Por isso, seu período de restabelecimento frente a eventuais danos é, em tese, muito elevado. As estepes que se encontravam nos trechos projetados foram temporariamente transplantadas para outras localidades e replantadas ao término das obras.

A preservação do solo congelado também se revelou outro grande problema da obra. Os técnicos decidiram protegê-lo dos trilhos com colchão de pedras.

Mas, não obstante as adversidades climáticas, a região é um paraíso para várias espécies de animais. A ferrovia corta 11 reservas naturais já homologadas ou em processo de tombamento, incluindo a área de proteção ambiental de Kekexili. Cerca de 10 espécies de animais selvagens cruzam ou permeiam toda sua extensão.

Os projetistas viram-se obrigados a estudar detalhadamente o comportamento desses animais, criando mais de 30 passagens específicas para diferentes espécies. O zelo levou à suspensão das obras durante o período de migração desses animais selvagens ? normalmente entre junho e agosto ? ao custo diário de um milhão de yuans de perdas diárias.

O número de animais selvagens das espécies ameaçadas de extinção vem crescendo nos últimos anos. Os antílopes tibetanos, por exemplo, saltaram de 70 para 100 mil nestes últimos seis anos. Wen Ge, um jovem tibetano que trabalha na zona de proteção natural de Kekexili, afirmou à nossa reportagem:

-Sugerimos ao departamento de proteção ambiental da ferrovia que construísse uma série de passagem no trecho entre a Montanha Kunlun e o Rio Tuotuo. Também recomendamos que as obras fossem suspensas por dois ou três dias para conceder o tempo suficiente para os antílopes tibetanos cruzarem a ferrovia logo no inicio dos trabalhos de construção.

As ações de preservação ambiental consumiram 1,4 bilhão de yuans durante a obra. O diretor do Escritório de Projeto de Lhasa do Fundo da Natureza do Mundo Dawaciren elogiou as medidas adotadas pelo governo chinês durante as obras da ferrovia Qinghai-Tibet:

-A ferrovia Qinghai-Tibet é uma obra sofisticada. O cronograma de sua Engenharia, Projeto e Construção incluiu a questão da proteção ambiental.

Apesar disso, ele se mostrou preocupado com o eventual impacto da ferrovia sobre o ecossistema no futuro. A ferrovia deverá atrair um grande fluxo de turistas ao Qinghai e Tibet, gerando uma grande pressão ambiental.

Um representante do Ministério da Ferrovia chinês afirmou que as composições são hermeticamente fechadas e que as autoridades proibirão a emissão de diversos tipos de poluentes. De acordo com ele, os trens utilizarão fontes de energias limpas e renováveis ? como a energia solar - durante a viagem para obter o necessário aquecimento.

 

 
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