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Tony Kanaan, um exemplo brasileiro I
2008-12-29 10:10:04    cri

Nascido em Salvador, no último dia do ano de 1974, o jovem Antoine teve seu primeiro contato com os motores ainda em sua terra natal, quando tinha oito anos. Levado pelo pai a um kartódromo, se apaixonou de imediato pelos carrinhos de kart.

Disposto a virar piloto, Tony - já usava esse apelido - era patrocinado por seu Antoine, que bancava, com sacrifícios, os custos do carrinho. O jovem fez jus ao investimento e se destacava dos demais, batendo recordes e chamando a atenção de olheiros de outros estados, principalmente de São Paulo, maior potência do automobilismo nacional.

O futuro era promissor, mas uma tragédia quase pôs tudo a perder. Quando Tony tinha 13 anos de idade, seu Antoine faleceu precocemente. O garoto sentiu o choque e começou a perder provas fáceis. Os donos da equipe ameaçaram impedi-lo de continuar correndo caso não arranjasse patrocínio. Vendo aquela situação, dona Miriam, sua mãe, não se segurou. Começou a trabalhar para o time em troca da manutenção do filho como piloto. Costurava macacões, fazia a limpeza da garagem e dos boxes.

Dona Miriam foi recompensada. O sonhado convite para correr em São Paulo veio em 1985, após Tony ganhar o título de piloto-revelação do ano. Mãe e filho não pensaram duas vezes e aceitaram a proposta. A mudança da Bahia para a maior cidade da América do Sul prometia. E muito.

Apoio do ídolo: "Esse garoto vai ser um campeão no futuro. Pode ter certeza". Assim Ayrton Senna, que se tornaria um dos maiores amigos do Tony, se referia ao jovem piloto, ainda em início de carreira.

O começo foi arrasador. Enquanto muitos garotos que vêm de fora "sentem" a metrópole de São Paulo, Tony parecia ter nascido aqui. Batendo recordes, o baianinho sagrou-se campeão paulista de juniores em 1986, logo em seu primeiro torneio. Repetiu o feito no ano seguinte e já chamou a atenção de todos no circo do automobilismo.

Em 1988, além de conquistar pela terceira vez seguida o Paulista de juniores, faturou também o inédito título de campeão brasileiro. Era o título da coroação e, graças a ele, o jovem piloto foi promovido para a categoria B do kart, uma espécie de "aspirantes", última etapa antes do kart profissional.

Disputando um campeonato mais difícil, Tony faturou, logo na primeira temporada, o título de campeão paulista da categoria B. Maravilhados, os diretores não quiseram esperar e promoveram o baiano para os profissionais com apenas 15 anos de idade. E não se arrependeram. Em 1990, não deu chances e garantiu o título paulista de Graduados A (categoria máxima do kart).

 

Era o empurrão que faltava para a até então revelação. No ano seguinte, o piloto garantiu uma vaga no Campeonato Brasileiro de Fórmula Ford. Para um estreante, seu desempenho foi considerado satisfatório: um sexto lugar na classificação geral. Em 1992, ficou em quinto no Brasileiro de Fórmula Chevrolet e, ao final da temporada, recebeu o convite pelo qual tanto sonhava: a chance de correr na Europa.

Sucesso europeu: Com apenas 18 anos, Tony embarcaria atrás do sonho. Foi contratado para disputar a Fórmula Opel, mas problemas o impediram de correr desde o começo. Contratado para disputar a Fórmula Opel Européia, foi morar sozinho na Itália. Mesmo sendo uma passagem curta, o baiano mostrou um ótimo desempenho, terminando em sétimo lugar depois de estrear apenas na quinta prova de dez etapas do calendário.

A campanha chamou a atenção e um ano depois, Tony assinou para participar do Campeonato Italiano de Alfa Boxer, uma das principais categorias amadoras do mundo. Considerado uma aposta de risco no início, o piloto surpreendeu e conquistou o título, ganhando uma vaga na F-3 Italiana.

Entre as feras do automobilismo italiano, Tony fez bonito. Terminou sem título - ficou em quarto -, mas conquistou uma vitória e a impressionante marca de nove pódios, considerado um recorde pela imprensa especializada. Era o necessário para o piloto assegurar sua transferência para os EUA e correr na Fórmula Indy, considerado a segunda maior categoria de motor do mundo, atrás apenas da Fórmula 1. O ano de 1996 era o prenúncio da consolidação de uma das maiores carreiras do automobilismo nacional. (gazetaesportiva)

 
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