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Promotor das Olimpíadas na China
2008-12-08 14:22:16    cri

Com o encerramento dos Jogos Olímpicos de Beijing 2008, o sonho comum da nação chinesa foi realizado sob aplausos calorosos. Durante a realização deste sonho, um nome há de ser lembrado pelo povo chinês para sempre: He Zhenliang. Ele deu enormes contribuições à candidatura de Beijing para ser a cidade anfitriã olímpica e, por isso, é chamado de "promotor das Olimpíadas na China". Porém, o senhor He disse que quem realizou o sonho olímpico do povo chinês foi a história, e ele só ficou naquela posição histórica por coincidência. 

O primeiro contato de He com os Jogos Olímpicos foi em 1952. Naquele ano, ele foi a Helsinque, capital da Finlândia, para participar da 15ª edição das Olimpíadas como um tradutor da delegação chinesa. Ele disse que aquele foi o primeiro contato com os Jogos Olímpicos não apenas para ele, mas para a Nova China.

"Recebemos o convite no dia da abertura da 15ª edição das Olimpíadas. Quando chegamos ao país, os jogos já estavam na fase final e sobraram somente cinco dias. Aquele foi o primeiro registro de participação em Olimpíadas dos atletas da República Popular da China."

Pelo excelente comportamento e trabalho na delegação olímpica chinesa, He foi transferido para o posto de ligação internacional na Comissão de Esportes da China em 1955. No entanto, o novo trabalho não trouxe imediatamente relações mais estreitas com os Jogos Olímpicos. Naquela altura, o Comitê Olímpico Internacional (COI) não respeitava a política de "uma só China" e a Federação Geral de Esportes da China cortou toda ligação com a organização mundial em 1958. O país só voltou à grande família esportiva depois do início da política de reforma e abertura, em 1978.

 

O então líder nacional Deng Xiaoping afirmou no ano de 1979 que a China não só deveria ser um membro do Comitê Olímpico Internacional, como também realizar os Jogos no país. He Zhenliang disse:

"A realização das Olimpíadas sempre foi um sonho do povo chinês. Mas, no passado, este sonho não tinha condição de se realizar. Por quê? Porque precisávamos de uma forte base econômica. Antes da fundação da Nova China, os Jogos Olímpicos eram um sonho mesmo para nós, e logo após estabelecermos o nosso novo país, também não havia condições suficientes. No entanto, a afirmação de Deng Xiaoping em 1979 foi um enorme estímulo para mim."

Naquele ano, He já tinha 50 anos de idade e assumiu os cargos de vice-secretário-geral da Federação Geral de Esporte da China e também do Comitê Olímpico da China. Também naquele ano, com o trabalho dele e de seus colegas, a China recuperou a posição no Comitê Olímpico Internacional. Dois anos depois, He Zhenliang foi eleito comissário do COI. Em 1989, ele assumiu o cargo de vice-presidente da organização. Para ele, durante a carreira, "levar as Olimpíadas para a China" sempre foi o maior sonho:

"A realização dos Jogos Olímpicos no nosso país não só significa uma grande festa esportiva, como também marca uma nova linha de partida para a nação chinesa."

Na década 90 do século passado, o seu sonho aproximou-se mais da realidade. Na cerimônia de encerramento dos Jogos da Ásia de Beijing 1990, os espectadores no estádio levantaram o slogan de "esperamos os Jogos Olímpicos". Para ele, isso significa que o seu trabalho tornou-se o desejo comum do povo chinês. No ano seguinte, o governo central chinês decidiu apoiar a candidatura de Beijing para realizar as Olimpíadas de 2000. He foi nomeado vice-presidente-executivo da Comissão de Candidatura Olímpica de Beijing. Ele disse:

"Em qualquer caso, naquela altura, a China ainda era um país com pouco tempo de reforma e abertura e não tínhamos grande força. Por isso, havia muitas dificuldades. Mas acho que as dificuldades também nos trouxeram alguns resultados positivos."

Para ser mais exato com os padrões internacionais, He convidou especialistas estrangeiros para passar a experiência de exploração comercial na ocasião da realização dos Jogos Olímpicos, pedindo que os funcionários divulguassem o conceito olímpico aos estudantes, e até ensinou outros a escrever cartas e documentos conforme as normas internacionais. No Comitê Olímpico Internacional, ele fez todo o esforço para convencer os outros comissários a apoiar Beijing e, para isso, ele estava sempre viajando pelo mundo. A distância total que ele viajou naqueles três anos é equivalente a dez voltas ao mundo. Apesar de tanta diligência, He nunca se arrependeu:

"Não estava sozinho. Se acompanhar por experiência própria, você vai perceber que todos os setores fizeram tudo que podiam pelo trabalho. 1,3 bilhão de pessoas olhando para o seu trabalho, e você pode sentí-lo. Tinha grande apoio, que é um enorme grupo formado por todo o povo chinês. Naquele período, embora o corpo estivesse muito cansado, falando do nível mental, eu estava sempre entusiasmado."

Porém, Beijing perdeu por dois votos. Como todos os membros do grupo de candidatura, He também ficou muito triste. No entanto, quando eles voltaram à pátria, o povo os recebeu calorosamente. He lembrou:

"A coisa que mais me impressionou foi um slogan de cidadãos que dizia assim: Beijing para sempre, Olimpíadas para o futuro. Acho que esta frase é muito boa porque transmitiu o nosso espírito de persistência na realização do sonho. Por isso temos de ter confiança."

No ano seguinte, He se aposentou do cargo governamental no país. No entanto, ele continuou no Comitê Olímpico Internacional.

 

"De fato, logo depois que voltei de Monte Carlo, fiz um resumo mental sobre os motivos de derrota na candidatura olímpica. Acho que o motivo fundamental é que a força nacional da China ainda não era suficiente. Se tivéssemos mais tempo para construir o nosso país para ser mais bonito e forte e traçar a imagem do país mais perfeita no palco mundial, iríamos nos candidatar de novo e com mais possibilidade de vencer a competição."

Em 1998, foi aberto oficialmente o processo de candidatura para realização das Olimpíadas de 2008. He Zhenliang, com 69 anos de idade, foi convidado para ser o conselheiro do grupo de candidatura. No dia 13 de julho de 2001, ele fez mais uma apresentação em nome da capital chinesa no Comitê Olímpico Internacional:

"Qualquer opção que vocês escolham será marcada na história, mas só uma delas pode criar uma história. Hoje, a China e o mundo vão se abraçar pela decisão de vocês, através do esporte, beneficiando todo o povo no mundo."

Quando o então presidente do Comitê Olímpico Internacional, Juan Antonio Samaranch, declarou que Beijing havia sido escolhida como cidade anfitriã das Olimpíadas de 2008, He Zhenliang, de 72 anos, chorou diante das pessoas e das câmeras de televisão que transmitiram ao mundo inteiro. Ele disse que foram a reforma e a abertura que realizaram o sonho do povo chinês:

"Admito que fiz todo o meu esforço na candidatura, mas o motivo fundamental é o sucesso da prática da política da reforma e abertura. Sem isso, nada teria acontecido"

No dia 8 de agosto de 2008, a 29ª edição das Olimpíadas foi aberta no Estádio Nacional da China. Todo o mundo suspirou profundamente por seu esplendor.

Aquele foi o dia da realização do sonho. Sentado na tribuna presidencial do Ninho do Pássaro, olhando os fogos de artifício sobre o estádio, ele ficou muito tranqüilo no coração:

"Várias pessoas me perguntaram: como você se sente agora? Eu respondi que estava tranqüilo. Porque finalmente realizamos o sonho do povo chinês. Mas este não é um sonho simplesmente esportivo, é uma parte do sonho geral de o país ser forte. Agora conseguimos com sucesso a nossa meta, e este é um novo ponto de partida para o futuro desenvolvimento da China."

Desde a juventude até agora, a vida de He Zhenliang em busca das Olimpíadas reflete todo o processo de levantamento da China no palco mundial. Relembrando o caminho de meio século, He disse que o seu sucesso profissional pertence à história:

"Tenho muita sorte. Mais sorte do que qualquer pessoa. Porque o trabalho a que me dedicava terminou em sucesso, devido à época histórica, e eu estava naquela posição por coincidência, em que podia fazer minhas contribuições."

Atualmente, He Zhenliang ainda está caminhando em sua busca do ideal olímpico no cargo de presidente da Comissão Cutural e de Educação Olímpica do Comitê Olímpico Internacional.

 
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